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França pode entrar em Janeiro em risco de escassez energética
Com a produção de eletricidade abaixo do esperado, caso haja uma vaga de frio, o Governo francês poderá ter de emitir um alerta para que a população reduza o consumo.
França pode ver a crise energética agravar-se ao ponto de ter emitir um alerta vermelho em janeiro, já que a produção elétrica das centrais nucleares no país é provável que fique abaixo do inicialmente esperado, segundo a RTE, a empresa francesa de redes de energia. Ainda assim, a companhia salvaguarda que a queda na procura pode mitigar este cenário.
"O mês de janeiro concentra agora mais riscos, face à análise anterior. A situação parece menos arriscada em dezembro e a partir do final de fevereiro", refere a energética na sua análise mensal.
A manutenção e os consertos de várias centrais da Électricité de France (EDF) conjugada com a crise energética que assola a Europa, em consequência da guerra na Ucrânia, transformou a França, um país que tradicionalmente serve como exportador de energia num importador.
De forma a evitar um agravamento desta crise, o governo francês já tomou medidas de apelo para que empresas, famílias e autoridades locais poupem energia. Caso se verifique um cenário de escassez da eletricidade, a RTE lançará um alerta vermelho, o chamado "Ecowatt" com três dias de antecedência, para que a população reduza ainda mais o consumo de energia.
O risco de ser lançado um "Ecowatt" "parece alto" no que toca ao mês de janeiro, segundo a empresa francesa de redes energéticas. Tudo irá depender das condições climáticas, ou seja, caso haja uma potencial onda de frio, mesmo que moderada, tal poderá levar ao "Ecowatt".
Esta sexta-feira, a EDF informou que apenas 31 dos 56 reatores estão a trabalhar. produzindo quase 31 gigawatts de energia. O objetivo é reacionar mais 15 reatores até ao final do ano e mais 10 nos primeiros dois meses do próximo ano, de forma a evitar a escalada de uma crise energética. Ainda assim, nada garante que alguns reatores tenham que voltar a parar devido a necessidade de reparos.
A RTE prevê que no início do próximo ano sejam produzidos cerca de 40 gigawatts no início do próximo ano, abaixo dos 45 gigawatts inicialmente previstos.