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Ex-ministro brasileiro Pedro Parente assume presidência da Petrobras

Pedro Parente, ex-ministro no governo de Fernando Henrique Cardoso, foi escolhido para presidente da petrolífera estatal Petrobras pelo chefe de Estado brasileiro interino, Michel Temer.

Bloomberg
20 de Maio de 2016 às 01:23
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Pedro Parente vai substituir na presidência da petrolífera estatal brasileira Aldemir Bendine, nomeado em Fevereiro do ano passado após a renúncia de Graça Foster.

 

O novo presidente da Petrobras foi ministro do Planeamento, da Casa Civil e ministro interino de Minas e Energia no governo do antigo presidente Fernando Henrique Cardoso.

 

Pedro Parente foi ainda presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia de 2001/2002 no governo federal e coordenou a equipa de transição entre os governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

 

O engenheiro, que também já actuou como consultor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e passou pelo Banco do Brasil, ocupava actualmente a presidência do conselho de administração da bolsa de São Paulo.

 

A Petrobras enfrenta tempos difíceis, depois de ter fechado 2015 com um prejuízo de 8,6 mil milhões de euros, o seu pior desempenho de sempre.

 

A petrolífera está ainda no centro do maior caso de corrupção da história do Brasil, conhecido como Lava Jato, e que envolve várias outras empresas públicas e dezenas de políticos.

 

Na passada terça-feira, 17 de Maio, a empresa lançou uma emissão de 6,75 mil milhões de dólares em obrigações com vencimento a 5 e 10 anos, avançou a Reuters. A Petrobras quer assim captar 6,75 mil milhões de dólares com a emissão de dívida da empresa e, para isso, está a oferecer juros recorde para captar investidores para a sua primeira grande venda internacional de dívida no último ano.

 

A petrolífera pretende arrecadar cinco mil milhões de dólares com a venda de obrigações a cinco anos, com uma rendibilidade de 8,625% ao ano, e ainda 1,75 mil milhões de dólares com a emissão de dívida a 10 anos e um juro de 9%, afirmou à Reuters uma fonte que pediu o anonimato por a informação ser privada.

 

A Petrobras pretende, segundo a mesma fonte, usar as receitas desta emissão para recomprar o equivalente a três mil milhões de obrigações com maturidade em 2018.

 

A Petrobras tem 126 mil milhões de dólares de dívida, tornando-a na empresa mais endividada dos mercados emergentes.

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