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Escalada do preço do gás já está a prejudicar indústria portuguesa, alerta Galamba

Secretário de Estado da Energia adverte que escalada de preços do gás está a afetar indústrias nacionais, durante uma conferência internacional dedicada ao setor, que decorre no Dubai.

João Galamba já disse que novas superfícies serão usadas no solar.
Vitor Mota
21 de Setembro de 2021 às 16:05
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As indústrias nacionais já estão a ser afetadas pela escalada dos preços do gás natural. O alerta foi feito pelo secretário de Estado da Energia, João Galamba, para quem o atual cenário figura como um sinal de que Portugal tem de acelerar a transição energética, afastando-se dos combustíveis fósseis.

As declarações, citadas pela agência Bloomberg, foram feitas durante um painel, integrado na Gastech, descrita como a maior exposição e conferência mundial de apoio à indústria de gás, gás natural liquefeito (GNL), hidrogénio e energia.

O evento, que decorre no Dubai até quinta-feira, tem lugar numa altura em que a Europa está a braços com uma crise no setor do gás devido à escalada dos preços.

No mesmo painel, João Galamba afirmou ainda que Portugal e o sul da Europa têm potencial para produzir hidrogénio que pode ser vendido ao norte do velho continente.

Foi na sequência de uma intervenção proferida pelo ministro da Energia do Azerbaijão, Parviz Shahbazov, que afirmou que o país tem capacidade para produzir hidrogénio azul e exportá-lo, para a Europa, por gasoduto, até ao final da década.

A Europa atravessa uma crise energética com a escalada dos preços do gás natural a arrastar o preço da eletricidade. A tendência de subida resulta de uma conjugação de fatores, incluindo a recuperação económica, a procura na Ásia (sobretudo na China) e ao facto de ser esta ser vista como a principal fonte de energia de transição até à implementação plena das renováveis.

Apesar do agravamento, os preços estão ainda longe dos máximos históricos registados em 2005. Mas os analistas antecipam que a subida continue. O Bank of America, por exemplo, espera uma valorização do preço do gás natural na ordem dos 30% em setembro e 7% em outubro.

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