Notícia
ERSE está a investigar pico de preços no mercado de eletricidade a 15 de junho
No dia 15 de junho os preços atingiram 1.200 euros por megawatt/hora (MWh), tendo esta quarta-feira o presidente da ERSE admitido que nesse dia houve uma anomalia ques está a ser investigada.
13 de Julho de 2022 às 17:49
A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticas (ERSE) está a investigar uma sessão no mercado grossista de eletricidade, no dia 15 de junho, em que os preços atingiram 1.200 euros por megawatt/hora (MWh), adiantou o presidente do regulador, no parlamento.
Questionado pelos deputados da Comissão de Ambiente e Energia, Pedro Verdelho reconheceu que houve uma anomalia numa sessão durante a tarde desse dia, garantindo que a situação observada não está relacionada com a entrada em vigor do mecanismo ibérico para limitação de preços, que "também entrou por coincidência em vigor nesse dia".
"Este problema foi na segunda sessão do mercado intradiário", explicou, referindo que a esta hora "é vendida e comprada energia para as últimas 4 horas do dia e as 24 horas do dia seguinte", tendo a anomalia ocorrido nas "últimas 4 horas".
Esta sessão é normalmente "a última possibilidade" para "comprar e vender energia" e tem "habitualmente muito pouca liquidez", mas nesse dia, "o que se verificou foi uma compra de energia de valor superior à habitualmente transacionada", o que "fez com que o preço deixasse de ser marcado pela oferta, por quem vende, e passasse a ser definido por quem compra energia", tendo resultado "nos tais 1.200 euros por Mwh".
"Esta situação está a ser alvo de uma inspeção pela ERSE", garantiu.
O presidente da ERSE disse que o mecanismo ibérico, que impõe tetos ao gás usado na produção de eletricidade, poderá "gerar benefícios, mas também custos" que poderão ser de médio a longo prazo, destacando a importância de equilibrar as intervenções nestes mercados para que os benefícios sejam superiores aos custos.
Assim, indicou, deve haver uma "mitigação" dos efeitos da intervenção para evitar que os consumidores sejam prejudicados, indicando que o "mecanismo será mais favorável quanto mais forem as fontes renováveis" e "a procura que não está isenta".
Questionado sobre se os custos deste mecanismo irão encarecer a conta da luz dos consumidores, o presidente da ERSE disse que não, garantindo que são os que beneficiam do subsídio que irão suportá-lo e detalhando que "18% de procura nacional" beneficia diretamente da intervenção e paga o subsídio, mas à medida que o tempo passa esta percentagem tende a aumentar e deverá assumir 44,3% em termos médios da procura total de junho deste ano, a maio de 2023, período de vigência do mecanismo.
Segundo Pedro Verdelho, "os preços de gás estão próximos dos da eletricidade" e sem esta intervenção os da eletricidade "seriam o dobro".
Questionado pelos deputados da Comissão de Ambiente e Energia, Pedro Verdelho reconheceu que houve uma anomalia numa sessão durante a tarde desse dia, garantindo que a situação observada não está relacionada com a entrada em vigor do mecanismo ibérico para limitação de preços, que "também entrou por coincidência em vigor nesse dia".
Esta sessão é normalmente "a última possibilidade" para "comprar e vender energia" e tem "habitualmente muito pouca liquidez", mas nesse dia, "o que se verificou foi uma compra de energia de valor superior à habitualmente transacionada", o que "fez com que o preço deixasse de ser marcado pela oferta, por quem vende, e passasse a ser definido por quem compra energia", tendo resultado "nos tais 1.200 euros por Mwh".
"Esta situação está a ser alvo de uma inspeção pela ERSE", garantiu.
O presidente da ERSE disse que o mecanismo ibérico, que impõe tetos ao gás usado na produção de eletricidade, poderá "gerar benefícios, mas também custos" que poderão ser de médio a longo prazo, destacando a importância de equilibrar as intervenções nestes mercados para que os benefícios sejam superiores aos custos.
Assim, indicou, deve haver uma "mitigação" dos efeitos da intervenção para evitar que os consumidores sejam prejudicados, indicando que o "mecanismo será mais favorável quanto mais forem as fontes renováveis" e "a procura que não está isenta".
Questionado sobre se os custos deste mecanismo irão encarecer a conta da luz dos consumidores, o presidente da ERSE disse que não, garantindo que são os que beneficiam do subsídio que irão suportá-lo e detalhando que "18% de procura nacional" beneficia diretamente da intervenção e paga o subsídio, mas à medida que o tempo passa esta percentagem tende a aumentar e deverá assumir 44,3% em termos médios da procura total de junho deste ano, a maio de 2023, período de vigência do mecanismo.
Segundo Pedro Verdelho, "os preços de gás estão próximos dos da eletricidade" e sem esta intervenção os da eletricidade "seriam o dobro".