Segundo o comunicado enviado pela empresa à CMVM, contendo os dados operacionais previsionais, o aumento da produção deveu-se aos maiores recursos hídricos e à maior produção eólica em Portugal e Espanha. Estas duas fontes representaram 75% da produção total. 

A venda de electricidade a clientes do mercado liberalizado na Península Ibérica cresceu 8%, tendo Espanha sido responsável pelo maior crescimento percentual, de 11%. No mesmo período, o número total de clientes nos dois países cresceu 11% para 4,93 milhões.

A venda de gás no mesmo mercado caiu 20%, sobretudo arrastada pelo desempenho de Espanha, tendo nos dois países a empresa conquistado 111 mil clientes, para 1,39 milhões. A descida deve-se à "redução dos volumes no mercado grossista e o tempo ameno", justifica a companhia.

A electricidade distribuída pela empresa caiu 0,5% no primeiro semestre do ano para os 28,9 mil gigawatts/hora na Península Ibérica, "reflectindo condições atmosféricas mais amenas do que o habitual".

Já a redução do gás distribuído em Espanha impactou negativamente a distribuição no conjunto da Península Ibérica: apesar de ter aumentado 3,6% em Portugal, a queda de 7,3% no país vizinho levou o balanço do semestre na Península para uma queda de 5,3% para os 18.402 MW (megawatts).

No espaço de um ano a capacidade instalada da EDP aumentou 5%, para os 24,5GW. A nova capacidade teve origem em recursos eólicos e hídricos, enquanto o fecho de uma central a carvão em Espanha levou à subtracção de 239 MW. 

A produção liberalizada no mercado ibérico aumentou 758 MW com a entrada em operação, entre outras, das centrais hídricas de Salamonde e do Baixo Sabor. "Em virtude da forte hidraulicidade e pela entrada em operação de nova capacidade", a produção hídrica mais do que duplicou em relação ao mesmo semestre de 2015, nota o comunicado.  

Já a electricidade produzida por centrais a carvão no espaço ibérico liberalizado caiu 48% "suportada por uma procura térmica inferior", ao passo que as centrais de ciclo combinado produziram menos 6% do que no ano passado. 

"No 1S16, a produção das nossas centrais em mercado liberalizado, satisfez 59% das necessidades das nossas unidades de comercialização de electricidade, em mercado livre", conclui o documento.

Os resultados fazem ainda referência à actividade da EDP Renováveis, cujos dados operacionais foram conhecidos esta terça-feira, 12 de Julho.

Os títulos da EDP fecharam a sessão desta quinta-feira a cair 0,8% para os 2,91 euros. A empresa apresenta resultados a 28 de Julho, depois do fecho dos mercados.

(Notícia actualizada às 17:21 com mais informação)