O resultado líquido da EDP Renováveis aumentou de 52,9 milhões de euros para 99,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, revelou esta quara-feira, 28 de Outubro, a empresa liderada por Manso Neto (na foto) em comunicado enviado para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A contribuir para estes resultados esteve o aumento das receitas, que cresceram 16% para 1,08 mil milhões de euros, num período em que a produção aumentou 4%, tal como a cotada tinha revelado no dia 14 de Outubro. A justificar o crescimento da produção esteve a Europa, excluindo Portugal e Espanha (onde caiu), e a América do Norte, onde novos parques eólicos entraram em operação no último ano.

 

As vendas de electricidade cresceram 14% para 962 milhões de euros, enquanto os proveitos obtidos através de parcerias com investidores institucionais aumentaram 33% para 116,9 milhões de euros, adianta a mesma fonte.

 

Parte do aumento das receitas é justificada também pelas oscilações cambiais que, de acordo com a cotada, contribuíram com 80 milhões de euros.

 

Os resultados da EDP Renováveis foram também impulsionados pela venda de interesses não controláveis, que geraram 48 milhões de euros, mais 17% do que o valor obtido em igual período do ano passado. Em causa está a venda das posições na EFG Hermes, na Northleaf, na DIF III e na Fiera Axium.

 

O EBITDA da empresa de energias renováveis cresceu 22% para 782 milhões de euros, com a margem de EBITDA a aumentar de 69% para 72%. "Nos nove meses os eventos não recorrentes tiveram um impacto positivo de cerca de 40 milhões de euros no EBITDA, devido ao ganho (102 milhões de euros) relativo à aquisição de controlo de certos activos da ENEOP e 65 milhões de euros de abates após optimização da carteira de projectos em desenvolvimento e priorização em regiões com fundamentos de negócio sólidos", explica a empresa. 

(Notícia actualizada às 07:44 com mais informação)