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EDP não abdica de devolução do investimento em Fridão

A elétrica esclareceu que a decisão de não avançar com a barragem do Fridão é “da total e exclusiva responsabilidade do Governo”.

16 de Abril de 2019 às 18:59
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A EDP não vai prescindir da devolução do investimento que diz ter direito pelo cancelamento da barragem de Fridão, anunciado esta terça-feira pelo ministro do Ambiente, Matos Fernandes. Em comunicado, a elétrica esclarece que "em nenhum momento admitiu a possibilidade de não avançar com a construção do Fridão sem que lhe fosse devolvido o montante pago ao Estado, em janeiro de 2009, como contrapartida financeira pela sua exploração por 75 anos".

Em reação às declarações do ministro, a elétrica defende que "como sempre, está disponível para, de forma construtiva e com base num diálogo de boa-fé entre as partes, encontrar uma solução, deixando claro que não abdicará dos seus direitos, nem dos mecanismos de que dispõe para a defesa dos mesmos.

O esclarecimento da EDP surge depois de Matos Fernandes ter revelado que a elétrica tinha manifestado por duas vezes ao Governo que não tinha interesse em avançar com o projeto. "Independentemente da necessidade da reserva de água, não é ali que a questão se coloca. Há outras formas de gerar essa eletricidade [necessária] com investimentos e impactos ambientais. Aliás, razões invocadas também pela EDP que nos escreveu duas vezes a manifestar desinteresse pela barragem", esclareceu esta terça-feira o governante.

"O Estado não encontrou vontade para contrariar a EDP e não encontrou motivo para que Fridão seja construído", acrescentou o ministro confessando que ainda chegaram a avaliar a hipótese de a EDP avançar com um projeto no local mas de menor dimensão. No entanto, concluíram que o regulamento não permitia.

Questionado sobre se a EDP iria abdicar da indemnização de pelo menos 218 milhões de euros que estava prevista, Matos Fernandes admitiu que o assunto ainda não está totalmente fechado, mas acredita que "não haverá razões para avançar com qualquer indemnização " uma vez que foi a própria elétrica a mostrar desinteresse devido aos eventuais problemas ambientais, defendeu no Parlamento.

(notícia atualizada às 19:49 com mais informação)

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