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EDP melhora meta de lucro recorrente de 2020 para 900 milhões de euros

As reservas hídricas acima da média e o eventual futuro encaixe de 2 mil milhões de euros no quarto trimestre pela rotação de ativos levaram a elétrica a atualizar o “guidance”.

A aquisição em Espanha foi anunciada poucos dias depois de Miguel Stilwell assumir o cargo de CEO interino.
Inês Gomes Lourenço
30 de Outubro de 2020 às 13:14
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Após "os resultados sólidos do terceiro trimestre num período marcado pela pandemia da covid-19", a EDP decidiu atualizar o "guidance" para o exercício de 2020, revelou o atual presidente executivo da elétrica, Miguel Stilwell de Andrade, numa conferencia telefónica com analistas.

"Esperamos um EBITDA de 3,7 mil milhões de euros", um valor que compara com a anterior estimativa de 3,6 mil milhões de euros. Quando ao lucro recorrente, estima que se situe nos 900 milhões de euros, ou seja, que alcance o intervalo máximo estipulado anteriormente (entre 850 a 900 milhões de euros).

A justificar esta situação está a melhoria de vários fatores como as reservas hídricas estarem a cima da média e, por exemplo, os efeitos cambiais adversos no Brasil terem sido "mitigados por medidas regulatórias", explicou.

Além disso, a EDP deve encaixar 2 mil milhões de euros no ultimo trimestre do ano devido à estratégia de rotação de ativos.

Sobre a desistência da ‘velha’ guerra contra o Estado sobre a CESE e o inicio de novas frentes de batalha, Miguel Stilwell de Andrade respondeu. "Não litigamos por litigar. Só o fazemos se acharmos que há alguma coisa ilegal e ou que não se justifica".

E no caso concreto da CESE, tendo em conta a atual situação de pandemia e o caráter extraordinário da mesma, a EDP achou que não valia a pena continuar com os processos que tinha em curso desde 2017, explicou, acrescentando que esta decisão se inseriu na revisão periódica de litigância.

No âmbito dessa reavaliação, a EDP decidiu também apresentar uma queixa em Bruxelas sobre o modelo de financiamento da tarifa social de eletricidade, por considerar que não deveria estar a cargo dos produtores. Isto porque,  como a União Europeia prevê, os dois modelos de financiamento da tarifa social podem passar por via do Orçamento do Estado ou pela socialização da tarifa, como acontece, por exemplo, em Espanha.

Questionado sobre quando espera ter uma resposta sobre de Bruxelas, referiu que "a comissão europeia costuma ser célere neste tipo de casos. Por isso, não espero que sejam anos".

Na quinta-feira, a EDP anunciou uma queda homóloga de 8% no lucro líqudio dos primeiros nove meses do ano para os 422 milhões de euros. A elétrica justificou esta evolução com as "quedas significativas"  da procura e preços de eletricidade devido à pandemia, apesar de admitir "alguns sinais de recuperação" no período em análise.

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