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Decisão de Bruxelas sobre travão ibérico aos preços do gás está “iminente”

O Negócios sabe que as boas novas de Bruxelas poderão chegar já esta tarde, fazendo assim suspirar de alívio os governos de Lisboa e Madrid

David Cabral Santos
08 de Junho de 2022 às 11:40
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O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, anunciou esta terça-feira que a decisão da Comissão Europeia sobre a exceção ibérica concedida a Portugal e Espanha para limitarem o preço do gás natural para a produção de eletricidade a 50 euros por MWh está "iminente", na conferência "Electric Summit", uma iniciativa do Jornal de Negócios, Sábado e CMTV em parceria com a Galp.

O Negócios sabe que as boas novas de Bruxelas poderão chegar já esta tarde, fazendo assim suspirar de alívio os governos de Lisboa e Madrid.

No início desta semana, os meios de comunicação espanhóis davam conta de um atraso na decisão comunitária devido à diferença entre os decretos enviados pelos dois países para a análise de Bruxelas: um documento de 63 páginas por parte de Madrid e um de apenas sete páginas por Lisboa.

"Temos a convição que está iminente e esperamos ter novidades em breve sobre a aprovação por parte da Comissão do mecanismo e a partir daí vamos começar a ter a capacidade de ter alguma previsibilidade sobre os preços máximos que são praticados ao nível da eletricidade, porque estão indexados ao preço do gás e quando nós intervirmos conseguimos garantor alguma limitação", disse o ministro, lembrando que "fazer previsões sobre o preço da eletricidade é arriscado".

Para o ministro, a única certeza é que se o mecanismo já estivesse em vigor no primeiro trimestre Portugal teria tido uma redução de 18% nos preços da eletricidade. "Para a frente é mais difícil fazer previsões e não me arrisco a fazê-las. Mas sabemos que temos um mecanismo que durante um ano vai procurar que todos os que estão expostos ao mercado livre, como muitas empresas que têm um peso grande na nossa economia, consigam ter mais previsibilidade".

Duarte Cordeiro fala mesmo de uma nova "almofada" para proteger os consumidores de eletricidade, principalmente as empresas.

"Sabemos que o preço vai aumentando ao longo deste tempo, mas é preferível ter este mecanismo que serve de almofada face ao impacto de uma escalada de preços como tivemos em março, do que não ter nada. Isto permitirá aos eletrointensivos ter maior capacidade de resistência a qualquer alteração no mercado. Não temos expectativas excessivas, mas sim que haja pelo menos maior conforto e mais previsibilidade no planeamento da atividade industrial", rematou.
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