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Central hidroeléctrica do Alto Tâmega arranca em março de 2024
A Iberdrola vai iniciar o enchimento da albufeira do Alto Tâmega e, deste modo, dar os últimos passos para que a última central em construção do projeto de mais de 1,5 mil milhões de euros possa entrar em funcionamento no próximo ano.
A central em falta do projeto de mais de 1,5 mil milhões de euros da Iberdrola no Alto Tâmega vai começar a injetar energia para a rede elétrica em março de 2024. A empresa espanhola informou esta quarta-feira que vai iniciar o enchimento da albufeira de modo a finalizar os trabalhos nos próximos meses. O calendário inicial previa a conclusão das obras até ao final de 2023.
O Alto Tâmega, com 160 MW, é a última das três centrais que compõem a construção do Aproveitamento Hidroelétrico do Alto Tâmega. As unidades de Gouvães, uma central de armazenamento por bombagem de 880 MW, e de Daivões, com 118 MW, estão em funcionamento comercial desde 2022.
"Recentemente, o túnel de desvio provisório do rio foi fechado e nos próximos três meses, a duração estimada para este processo, será construído um rolhão de betão de 28 metros de comprimento no interior do túnel, para garantir a obturação do túnel de desvio durante toda a vida da instalação. Durante estes três meses de operações, o caudal do rio continuará a passar pelas descargas de fundo da barragem", detalha a Iberdrola em comunicado.
A albufeira do Alto Tâmega, que terá uma área de 468 hectares e um volume de 132 hm3, começará então a ser enchida, fornecendo a água necessária para a produção de eletricidade renovável na central. Após o enchimento da albufeira durante este inverno, "a primeira sincronização de um grupo à rede está prevista para janeiro de 2024 e a central entrará em funcionamento comercial em março de 2024".
A construção desta grande barragem é o culminar da construção do complexo do Tâmega e implicou um investimento superior a 1,5 mil milhões de euros e vai permitir uma potência total instalada de 1.158 MW, 880 dos quais são reversíveis (através do armazenamento de água através das albufeiras de Daivões e Gouvães).
O projeto vai produzir anualmente 1.766 Gwh, o equivalente ao abastecimento de energia dos municípios vizinhos do projeto e das cidades de Braga e Guimarães (cerca de 440 mil casas).