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Bruxelas já apresentou plano de 210 mil milhões para ser independente do gás russo

"A REPowerEU ajudar-nos-á a poupar mais energia, a acelerar a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis e, mais importante ainda, iniciar o investimento a uma nova escala. Esta vai ser a aceleração do nosso Acordo Verde Europeu", defendeu Ursula von der Leyen.

Lusa_EPA
18 de Maio de 2022 às 14:51
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A presidente da Comissão Europeia apresentou esta quarta-feira o plano de Bruxelas, num valor de 210 mil milhões de euros, para garantir a independência energética dos 27 face a Moscovo.

"Hoje estamos a levar a nossa ambição a outro nível para garantir que seremos independentes de combustíveis fósseis russos o mais rapidamente possível", anunciou Ursula von der Leyen, que quer ver esta proposta cumprida "bem antes de 2030". Juntamente com a aceleração da transição verde, a presidente da Comissão Europeia, apresentou este novo plano.

Entre as medidas apresentadas contam-se a diminuição da participação em centrais de ciclo combinado de gás, passando esse investimento para centrais de carvão e nucleares, o que vai permitir aumentar os terawatts (tWh) produzidos em 5%. Proposta que, de acordo com a agência europapress, deve ser temporária, com uma duração máxima prevista de 15 anos.

Quanto às energias sustentáveis, von der Leyen pretende aumentar o objetivo de energia verde no mix da União Europeia para 45% até 2030, acima dos atuais 40%. Para esta aceleração a presidente da Comissão explicou que o organismo quer simplificar os processos de construção de infraestruturas de energias renováveis, e ainda introduzir uma obrigação legal para a construção de painéis solares em todas as casas a partir de 2029.

Já para este ano, von der Leyen anunciou a substituição de cerca de 60 mil milhões de metros cúbicos de gás russo, de um total de 155 mil milhões de metros cúbicos, medida que será processada através da compra de gás a outros produtores como os Estados Unidos, Egito, Israel e países do golfo. Esta compra de gás a nível comunitário vai seguir o modelo de compra de vacinas da União, que abriu a porta à participação de países como a Ucrânia, Moldávia ou Geórgia, que não fazem parte dos 27.

Os 210 mil milhões de euros do programa REPowerEU vão ser usados principalmente para investimentos no campo das energias renováveis, incluindo infraestruturas para a produção de hidrogénio, sistemas de eficiência energética, redes de distribuição de eletricidade, adaptação industrial e ainda para a produção de biometano, prevista para o final desta década. Como explicou a presidente da Comissão Europeia o financiamento para esta proposta virá maioritariamente do pacote de recuperação e resiliência, lançado no âmbito da luta contra a covid-19. Caso seja necessário, os membros da União Europeia poderão também transferir até 12,5% dos fundos da política de coesão e 7,5% de fundos do setor agrícola.
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