Notícia
Autarcas do Douro Internacional "preocupados" com venda de barragens da EDP à Iberdrola
"O que nos tem chegado do lado espanhol é que este negócio está bastante avançado. Já do lado português, também temos a informação de que há avanços nesta matéria", frisou Artur Nunes, presidente da Associação Ibérica de Municípios Ribeirinhos do Douro (AIMRD).
04 de Dezembro de 2019 às 22:28
O presidente da Associação Ibérica de Municípios Ribeirinhos do Douro (AIMRD) mostrou-se hoje "preocupado" com a possível venda das barragens portuguesas situadas no Douro Internacional à Iberdrola, qualificando a operação como "prejudicial" para a economia deste território nacional.
"Sendo o setor da energia estratégico para a economia da região de fronteira e para o controlo do caudal do rio Douro, aquilo que nos preocupa é a intenção da vendas das barragens de Miranda do Douro, Picote (Miranda do Douro) e Bemposta (Mogadouro), que são ativos importantes para economia deste território e país", disse hoje à Lusa Artur Nunes.
O também autarca de Miranda do Douro frisou que já foi pedida informação à EDP sobre a venda das barragens no Douro Internacional e para a qual "ainda não foi dada qualquer resposta".
"Do lado espanhol, sabemos que houve visitas às três barragens portuguesas situadas no troço internacional do rio Douro para o conhecimento do estado e das condições destes empreendimentos hidrelétricos, para uma possível venda", indicou o responsável.
Outra das preocupações manifestadas passa pelo futuro dos trabalhadores que prestam serviço nas barragens de Miranda do Douro, Picote e Bemposta, caso a venda destes "ativos estratégicos para o Douro Internacional se concretize".
"O que nos tem chegado do lado espanhol é que este negócio está bastante avançado. Já do lado português, também temos a informação de que há avanços nesta matéria", frisou Artur Nunes.
O autarca de Miranda do Douro, que é também o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) das Terras de Trás-os-Montes, considera que o setor "é uma preocupação a nível nacional, sendo importante a intervenção do Governo".
"Fala-se no desenvolvimento dos territórios de fronteira. Fala-se muito em cooperação transfronteiriça e depois não há interesse do Estado português e da EDP nestas três barragens. Isto leva-me a questionar qual é valor do setor estratégico da energia e a importância das regiões transfronteiriças num contexto económico e social", concretizou o presidente da AIMRD.
"Desde a década de 50, do século passado, que o setor da energia no Douro Internacional era estratégico para Portugal. Nessa altura, já havia o interesse dos espanhóis no controlo das águas do rio Douro internacional, ao nível da produção de energia. Contudo, falta-nos, em toda a linha, informação sobre incentivos ou mais-valias para os municípios com barragens [Miranda do Douro e Mogadouro] caso o negócio siga em frente", afirmou Artur Nunes.
Ao longo dos 112 quilómetros do seu troço internacional, o rio Douro tem as barragens de Miranda do Douro, Picote e Bemposta (Portugal), e Castro, Aldeadávila e Saucelle (Espanha).
Fonte oficial da EDP disse hoje à Lusa que a empresa "não faz comentários sobre a venda dos ativos em curso".
"O processo está a decorrer. A empresa conta fechar o processo em curso até ao final de 2019, início de 2020", concretizou a mesma fonte, ligada à empresa elétrica portuguesa.
"Sendo o setor da energia estratégico para a economia da região de fronteira e para o controlo do caudal do rio Douro, aquilo que nos preocupa é a intenção da vendas das barragens de Miranda do Douro, Picote (Miranda do Douro) e Bemposta (Mogadouro), que são ativos importantes para economia deste território e país", disse hoje à Lusa Artur Nunes.
"Do lado espanhol, sabemos que houve visitas às três barragens portuguesas situadas no troço internacional do rio Douro para o conhecimento do estado e das condições destes empreendimentos hidrelétricos, para uma possível venda", indicou o responsável.
Outra das preocupações manifestadas passa pelo futuro dos trabalhadores que prestam serviço nas barragens de Miranda do Douro, Picote e Bemposta, caso a venda destes "ativos estratégicos para o Douro Internacional se concretize".
"O que nos tem chegado do lado espanhol é que este negócio está bastante avançado. Já do lado português, também temos a informação de que há avanços nesta matéria", frisou Artur Nunes.
O autarca de Miranda do Douro, que é também o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) das Terras de Trás-os-Montes, considera que o setor "é uma preocupação a nível nacional, sendo importante a intervenção do Governo".
"Fala-se no desenvolvimento dos territórios de fronteira. Fala-se muito em cooperação transfronteiriça e depois não há interesse do Estado português e da EDP nestas três barragens. Isto leva-me a questionar qual é valor do setor estratégico da energia e a importância das regiões transfronteiriças num contexto económico e social", concretizou o presidente da AIMRD.
"Desde a década de 50, do século passado, que o setor da energia no Douro Internacional era estratégico para Portugal. Nessa altura, já havia o interesse dos espanhóis no controlo das águas do rio Douro internacional, ao nível da produção de energia. Contudo, falta-nos, em toda a linha, informação sobre incentivos ou mais-valias para os municípios com barragens [Miranda do Douro e Mogadouro] caso o negócio siga em frente", afirmou Artur Nunes.
Ao longo dos 112 quilómetros do seu troço internacional, o rio Douro tem as barragens de Miranda do Douro, Picote e Bemposta (Portugal), e Castro, Aldeadávila e Saucelle (Espanha).
Fonte oficial da EDP disse hoje à Lusa que a empresa "não faz comentários sobre a venda dos ativos em curso".
"O processo está a decorrer. A empresa conta fechar o processo em curso até ao final de 2019, início de 2020", concretizou a mesma fonte, ligada à empresa elétrica portuguesa.