Miguel Stilwell de Andrade, novo presidente executivo da EDP, anunciou que vai apresentar um novo plano estratégico para a elétrica em breve. "Estamos a fazer uma reflexão estratégica, que já iniciámos nas últimas semanas, com vista a anunciar ao mercado um plano estratégico que vai materializar a nossa visão até 2025", disse numa conferência de imprensa que decorreu esta terça-feira, realizada remotamente.

Em causa estão as metas traçadas na atualização da estratégia da elétrica até 2022 apresentadas em março de 2019, em Londres, pelo então CEO da EDP António Mexia, as quais, como o novo CEO relembrou, já foram praticamente cumpridas.

Os objetivos propostos para a instalação de nova capacidade e rotação de ativos têm avançado a passos rápidos. Aliás, só com a venda das barragens ao consórcio liderado à Engie (por 2,2 mil milhões de euros), a empresa superou a meta de encaixe de 2 mil milhões de euros com a alienação de ativos até 2022.

O plano previa também a rotação de ativos no valor de 4 mil milhões de euros. Até ao momento, a EDP já encaixou mais de metade (cerca de 55%) deste valor.

No que toca à instalação de nova capacidade (em 7 GW) já foi praticamente executada.

A redução da dívida líquida também está a seguir a sua trajetória. O objetivo era fechar 2022 nos 11,5 mil milhões de euros. No final de setembro situava-se em 13 mil milhões de euros.

O plano prevê ainda a distribuição de 3 mil milhões aos acionistas até 2022, com um dividendo mínimo de 19 cêntimos por ação. Questionado sobre se iriam manter esta política de remuneração acionista, Stilwell de Andrade remeteu a resposta para a apresentação do novo plano. Mas relembrou que a política de distribuição de dividendos da EDP tem-se mantido estável nos últimos anos.