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Próxima corrida ao solar poderá ser nas barragens e auto-estradas
O Governo está avaliar alargar a instalação de painéis solares a “superfícies não convencionais”, como barragens e auto-estradas. Esta modalidade pode vir a integrar já a terceira ronda de leilões solares.
O secretário de Estado da Energia revelou que o Governo está a avaliar introduzir uma nova modalidade nos próximos leilões solares que permitirá instalar painéis fotovoltaicos em "superfícies não convencionais", como barragens ou separadores de auto-estradas. "Queremos continuar a realizar leilões" e o objetivo desta nova medida é "poder instalar painéis solares mas que não ocupem terrenos", explicou João Galamba na conferência da APREN que decorreu esta quarta-feira.
Na segunda ronda dos leilões solares, realizada em agosto, o Executivo tinha acrescentado a modalidade de armazenamento, que despertou bastante interesse entre os concorrentes. E agora prepara-se para acrescentar mais novidades para os próximos concursos.
Antes deste anúncio, num outro painel, Ricardo Loureiro, que trabalha com João Galamba Galamba na secretaria de Estado da Energia, já tinha referido que "não é do interesse do Governo ter o Alentejo cheio de painéis fotovoltaicos". E, nesse seguimento, estavam a ser estudadas outras possibilidades para a localização de painéis solares dos novos projetos que fossem atribuídos nos próximos leilões solares.
No seguimento da corrida aos leilões solares, João Galamba anunciou ainda que tendo em conta que "2021 vai ser um ano de forte investimento nas renováveis", o Governo "entendeu que era essencial reforçar as equipas das entidades" responsáveis pela análise do licenciamento de projetos, nomeadamente a DGEG e a APA, para que "não sejam um bloqueio, mas sim aliados" destes processos, sustentou.
A burocracia e demora dos processos de licenciamento tem estado no topo das queixas dos promotores de projetos de energia renovável. Nesse sentido, João Galamba destacou ainda que outro dos objetivos do Governo passa por "simplificar os procedimentos para agilizar os processos". Um passos que terá "um impacto muito forte no sobreequipamento (repowering) dos parques eólicos", acrescentou.