O avanço da Zon Multimédia para uma candidatura isolada no concurso para o quinto canal de sinal aberto não inviabiliza a posterior participação da Cofina e da Controlinveste no capital social do projecto.



Esta operação foi uma das possibilidades colocadas em cima da mesa nas negociações que a dona da TV Cabo manteve nos últimos meses com os dois accionistas da Zon. Um cenário que só poderá consumar-se, no entanto, após a (eventual) vitória da Zon no concurso e o arranque na implementação do canal.



Isto porque o projecto de regulamento do concurso proíbe alterações ao capital da entidade vencedora "desde a data da apresentação da candidatura até à data da emissão da licença".



A decisão da dona da TV Cabo de avançar sozinha foi divulgada pelo CEO da Zon, Rodrigo Costa, em entrevista ao "Diário Económico". "Não houve qualquer problema entre as partes só que chegou o momento de optar se os investidores participavam de forma directa ou indirecta [como accionistas] e foi tomada a segunda opção", disse.



Em declarações ao Negócios, Rodrigo Costa confirma as "manifestações de interesse de vários investidores" em entrar no projecto.