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Yazaki dispensa 533 trabalhadores na unidade de Ovar
O grupo Yazaki, que em Portugal detém três unidades de produção e emprega 2.788 colaboradores, vai dispensar 533 trabalhadores na fábrica de componentes eléctricos da sua participada Saltano, em Ovar, confirmou hoje a empresa.
O grupo Yazaki, que em Portugal detém três unidades de produção e emprega 2.788 colaboradores, vai dispensar 533 trabalhadores na fábrica de componentes eléctricos da sua participada Saltano, em Ovar, confirmou hoje a empresa.
Em comunicado, a direcção da filial portuguesa do grupo nipónico Yazaki adianta que a "perda do projecto" de produção de cablagens para o modelo Toyota Corolla irá obrigar "a dispensar 533 colaboradores" na unidade da Yazaki Saltano Portugal – Componentes Eléctricos para Automóveis, em Ovar.
A produção de componentes para aquele modelo da Toyota termina no dia 27 deste mês.
A empresa confirma assim a redução de 500 postos de trabalho na produção portuguesa, fruto da decisão da Toyota em por fim a este modelo.
A empresa aguarda manter ainda 150 postos de trabalho na unidade Saltano de componentes eléctricos, em Ovar, através da "criação de novas áreas de actividade " que compensem parcialmente a perda do fornecimento ao Toyota Corolla, nomeadamente através da criação de um centro de protótipos europeu e de uma divisão da Yazaki Corporation, que lhe permite passar a "denvolver/avaliar novos equipamentos e investigar/certificar novos componentes eléctricos".
A mesma fonte adianta que "dos 533 colaboradores do Toyota Corolla, a empresa pode ainda conseguir manter cerca de 100 colaboradores na unidade de Gaia".
O grupo detém três unidades em Portugal: duas de componentes eléctricos para automóveis, em Ovar e Gaia, onde emprega 2.197 colaboradores. Uma terceira, em Ovar, da Yazaki Saltano Produtos Eléctricos, emprega 357 colaboradores. No comunicado hoje emitido a companhia garante "vai manter a actividade nas outras unidades", nomeadamente na Yazaki Saltano de Ovar Produtos Eléctricos e no Porto Technical Centre – centro de investigação que se encontra associado à mesma fábrica.
A empresa pretende agora por em movimento um plano social para os colaboradores a dispensar e adianta que já está a apresentar "soluções alternativas aos colaboradores visados através do Gabinete de Apoio Social e Profissional. Estabeleceu ainda um acordo com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Aveiro, para tratar de "todo o processo administrativo de inscrição no Centro de Emprego".