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Yazaki acusa sindicato de boicotar acordo

A Yazaki, fabricante mundial de componentes eléctricos para automóveis, assegura que tem vindo a efectuar todos os esforços para minimizar o impacto social da dispensa de colaboradores afectos à produção do Toyota Corolla.

12 de Janeiro de 2007 às 11:52
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A Yazaki, fabricante mundial de componentes eléctricos para automóveis, assegura que tem vindo a efectuar todos os esforços para minimizar o impacto social da dispensa de colaboradores afectos à produção do Toyota Corolla.

Além da criação de 105 oportunidades de emprego em outras unidades da empresa, a Yazaki garante que está em contacto com empresas da região e tem neste momento informação de 26 vagas disponíveis no Gabinete de Apoio Social e Profissional (GASP).

A Yazaki, reiterando que o encerramento do modelo Toyota Corolla não põe em causa a continuidade dos postos de trabalho dos outros modelos de produção de cablagens, em Ovar e Gaia,acusa ainda o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Centro (SIEC) de estar a "boicotar" a tentativa de acordo para estes 105 empregos. "Por indisponibilidade do SIEC não foi possível passar à negociação dos valores a pagar", diz a empresa, garantindo que os valores não vão ser inferiores a 1,5  ou seja, 50% acima do previsto na lei. As partes acordaram que este assunto vai ser discutido e negociado na próxima terça-feira, dia 16 Janeiro, data da próxima reunião no Ministério do Trabalho.

"O SIEC está a evitar chegar a acordo com a empresa", afirma a Yazaki, afirmando que "até ao momento, o SIEC não apresentou quaisquer alternativas, a não ser o recurso à greve. Tendo em conta que o processo ainda não está concluído, a Yazaki continua a aguardar uma proposta construtiva por parte do SIEC, que através do diálogo permita a redução do impacto social desta decisão".

A Yazaki diz que já garantiu o pagamento de um bónus adicional, equivalente a um mês de salário, a todos os colaboradores que cumprirem funções com profissionalismo. Os colaboradores recebem também dois meses de salário adicionais (correspondentes ao tempo de pré-aviso), para além dos normais direitos por cessação de contrato (um mês de férias, um mês de subsídio de férias e proporcionais de férias e subsídio de Natal), um valor superior a cinco meses de ordenado.

Sobre a greve, a empresa considera que "os colaboradores vão colocar em causa a produção de cablagens de todo o Grupo em Portugal e o não cumprimento dos contratos.

A Yazaki colocou em funcionamento um importante plano de ajuda para os colaboradores. A empresa já abriu 105 postos de trabalho:

            - 65 postos na produção da unidade fabril de Gaia (Serzedo), actualmente ocupados por trabalhadores temporários;

            - 20 postos no centro de protótipos;

            - 20 postos no Global Service/Yazaki Corporation (Automotive Manufacturing Engineering Management).

Os colaboradores do Toyota Corolla têm prioridade na ocupação destas oportunidades, desde que se candidatem e preencham os requisitos técnicos correspondentes. No caso de existir um número superior de candidatos a cada posto de trabalho, são considerados os seguintes critérios sequenciais de preferência:

            - em caso de casal, um dos cônjuges;

            - doentes profissionais;

            - representantes dos trabalhadores;

            - grávidas, puérperas e lactantes.

No início do processo, a Yazaki conseguiu manter 150 postos de trabalho através da criação de novas áreas de actividade no nosso país onde centraliza o Centro de Protótipos Europeu, que desenvolve novos modelos e produz produtos pós-venda e, com a cooperação da Yazaki Corporation (Automotive Manufacturing Engineering Management), passa a desenvolver/avaliar novos equipamentos e investigar/certificar novos componentes eléctricos.

A Yazaki já está a apresentar soluções alternativas aos colaboradores visados através do Gabinete de Apoio Social e Profissional (GASP). O GASP disponibiliza o acesso gratuito (100% financiado pela empresa) a programas de outplacement – acompanhamento e acesso às técnicas necessárias para uma pesquisa de emprego eficaz, num curto espaço de tempo, ou apoio a criação de empresas.

A Yazaki estabeleceu também um acordo com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Aveiro. Técnicos do IEFP vão estar no GASP para tratar de todo o processo administrativo de inscrição no Centro de Emprego, facilitando a deslocação dos colaboradores. O IEFP também vai realizar entrevistas individuais, para ofertas de emprego disponíveis no Concelho, e cursos de formação profissional que vão ao encontro das expectativas e interesses individuais de cada colaborador.

Criado em Portugal em 1986, a Yazaki tem hoje 2788 colaboradores em três fábricas. A Yazaki Saltano de Portugal, Componentes Eléctricos para Automóveis, Lda. tem unidades de fabrico de cablagens em Gaia e Ovar e 2197 colaboradores. Em 2005, o volume de negócios ascendeu aos 114,6 milhões de euros e os resultados líquidos foram negativos, na ordem dos 7,3 milhões de euros. O Centro de Protótipos Europeu da Yazaki Europa está inserido nesta unidade.

Já a Yazaki Saltano de Ovar, Produtos Eléctricos, Lda. Tem uma unidade de produção de fio e componentes para automóveis em Ovar e 357 colaboradores. Em 2005, obteve volume de negócios de 73,3 milhões de euros e resultados líquidos de 4,5 milhões de euros. Dentro desta empresa, encontra-se o Porto Technical Centre (PTC), o Centro de Investigação e Desenvolvimento do Grupo Yazaki na Europa em funcionamento desde 2001, criando 234 postos de trabalho, e o Automotive Manufacturing Engineering Management da Yazaki Corporation.

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