Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Vivafit tem três interessados para entrar na Indonésia

A cadeia nacional de ginásios exclusivos para mulheres aproveitou o fórum empresarial da AICEP em Jacarta para "fazer num dia o que poderia demorar anos".

23 de Maio de 2012 às 21:20
  • ...
Ao acordo que será assinado nos próximos dias com a “masterfranchise” de Singapura para expandir o negócio para a Malásia, a Vivafit irá juntar em breve o oitavo mercado externo, que é o primeiro do mundo em termos de população muçulmana.

Em conversa telefónica com o Negócios a partir de Jacarta, o CEO da empresa, Pedro Ruiz, disse que tem já três parceiros locais interessados em abrir ginásios da Vivafit para a Indonésia. Entre eles está um agente que “tem já uma outra cadeia de vinte ginásios tradicionais – que não concorrem connosco – e ficou interessadíssimo” e “uma mulher de negócios que está interessada em ser a nossa agente”.

Pedro Ruiz elogiou a missão da agência para o comércio externo, pois chegou ao país “praticamente sem contactos” e o convite permitiu “fazer num dia o que poderia demorar anos”, “graças ao empurrão e confiança que dão a presença dos políticos e da AICEP, que trazem grandes homens de negócios” a estes encontros empresariais.

Ainda no mercado asiático, o próximo alvo será Macau, onde a empresa irá participar numa feira de franchising em Julho, que poderá ser uma “porta de entrada para a China” no médio prazo. Porém, ressalvou, esse processo poderá ser demorado por causa das limitações linguísticas.

“E o mercado indonésio, que ronda os 240 milhões de habitantes, para nós até é maior do que a China porque tem mais classe média e mais ricos”. Outros mercados em que estão a desenvolver contactos e negociações, divulgou ainda o empresário, são os Estados Unidos, Venezuela, Panamá e Arábia Saudita.

De todos os mercados externos em que a insígnia portuguesa está já presente – além de Portugal, Singapura e agora Malásia e Indonésia, está já também no Uruguai, Chipre, Índia e Espanha –, apenas no “país vizinho” é que a Vivafit entrou directamente. O responsável reconhece que “não é o ideal, convém ter um empreendedor local, cada país ter um master local”. Uma estratégia que prosseguiram nos restantes mercados.

O sistema de franchising permite passar para a “masterfranchisada” de cada país o grosso do investimento. Para a casa-mãe, o maior esforço financeiro é na adaptação do software a cada país, assim como adaptar – “não é só traduzir” – todos os planos alimentares, “que são completamente diferentes em países muçulmanos, por exemplo”. É assim uma exportação de serviços e no que toca a receitas, a “regra” é que 75% da facturação é do “master” e 25% em royalties e direitos de entradas para a casa-mãe.

Outra “política da casa” é só autorizar a abertura de novos ginásio tendo já um mínimo de cem sócias. Fazem-no através de “um sistema de pré-vendas que nos tem dado um grande sucesso”. O último a abrir, na ilha da Madeira, abriu com mais de 200 sócias inscritas.

Facturar metade no estrangeiro em 2014

A Vivafit facturou quase 20 milhões de euros no ano passado, registando “um pequeno decréscimo [homólogo] devido à recessão e ao aumento do IVA sobre os ginásios”, que foi absorvido pela empresa. Em contrapartida, a empresa foi obrigada a reforçar a redução de custos, inclusive renegociando as rendas.

A internacionalização apenas avançou em força no último ano, pelo que o exterior ainda só representou 5% das vendas. Este ano a empresa conta chegar aos 15% de facturação no estrangeiro e em 2013 subir essa percentagem para os 30%. Em 2014, a Vivafit estima facturar metade fora de portas. “A facturação em Portugal será irrisória no médio prazo. Mas a casa-mãe ficará sempre em Portugal e o staff será sempre português”.

Em Singapura, onde já abriram três ginásios da cadeia, trabalham cinco portuguesas, exemplificou Ruiz, frisando que seriam precisos mais três, que apenas ainda não chegaram por problemas com os vistos. “Em todos os países perceberam que precisam de pessoas com grande experiência e qualidade. Apesar da despesa em deslocações, conseguem ter todo o nosso know-how e qualidade de mão-de-obra que não existe na Ásia”, concluiu o CEO da Vivafit.

Ver comentários
Saber mais vivafit ginásios indonésia
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio