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Vão abrir menos centros comerciais em 2006
Vão abrir menos centros comerciais em 2006, depois de no ano anterior se terem inaugurado oito, todos arrendados a 100%, o que demonstra o «apetite» das cadeias de retalho por projectos novos sobretudo em zonas com uma oferta comercial pouco desenvolvida,
Vão abrir menos centros comerciais em 2006, depois de no ano anterior se terem inaugurado oito, todos arrendados a 100%, o que demonstra o «apetite» das cadeias de retalho por projectos novos sobretudo em zonas com uma oferta comercial pouco desenvolvida, como Viseu e Covilhã. Estas são algumas das conclusões presentes no balanço do ano 2005 da Cushman & Wakefield Healey & Baker.
Segundo a mesma fonte, o balanço do mercado imobiliário do ano 2005 «é geralmente positivo, embora com apreciações diferentes consoante os vários subsectores». No que diz respeito ao comércio, apesar da abertura de oito centros comerciais, no centro das cidades «o dinamismo foi substancialmente inferior, devido em parte à incerteza quanto às implicações da Nova Lei de Arrendamento no que respeita a manutenção de contratos e de rendas antigas, e da possibilidade de trespassar estabelecimentos».
Enquanto as cadeias nacionais e internacionais têm interesse em instalar-se nestas localizações, os valores de trespasse pedidos «estão em muitos casos fora do mercado, e do alcance destes operadores», explica a consultora imobiliária.
No entanto, a mesma fonte acrescenta que em 2006 abrirão menos centros comerciais, «pelo que a expansão das cadeias se fará necessariamente em centros comerciais já existentes ou no centro das cidades».
Promoção de «retail parks» intensifica-se mas crescimento económico de escritórios será «muito reduzido»
No que concerne ao desenvolvimento de «retail parks», fenómeno recente que tem ganho em popularidade junto dos consumidores, graças à chegada de alguns conceitos «category killer» (Ikea, Leroy Merlin, Media Markt) «intensificar-se-á» e, no que respeita à promoção imobiliária, a maior parte dos empreendimentos novos com abertura prevista para 2006 são deste sector.
As principais novidades de 2005 ao nível do investimento registaram-se na área de investimento institucional, em que se assistiu não só a um «grande» número de transacções, como a uma «descida generalizada» da taxa de rentabilidade requerida (vulgo yield) em, nalguns casos, 100 pontos base, e a subsequente subida de preços, explica a consultora que acredita que a procura «se manterá em 2006, não obstante o recente aumento da taxa de referência pelo Banco Central Europeu».
O mercado de escritórios é provavelmente aquele de maior correlação com o estado da economia pelo que, prevendo-se um crescimento económico «muito reduzido» no próximo ano.
Consultora com «melhor ano de sempre» em 2005
A consultora avançou ainda que teve em 2005 «o seu melhor ano de sempre» com um crescimento de facturação superior a 20%, em linha com a evolução registada em 2004, quando se verificou um crescimento de quase 50% relativamente a 2003. A Cushman & Wakefield Healey & Baker «continuou muito activa na área de investimento, tendo sido responsável por um volume de transacções no valor de 300 milhões de euros», acrescenta a mesma fonte.
A consultora sublinha que a equipa de «Capital Markets» da C&W/H&B, realizou diversas transacções que incluíram a venda do portfólio imobiliário de uma companhia de seguros internacional, a venda do Coimbra Retail Park, em representação da Sonae Sierra e Miller Developments por 19,3 milhões de euros, e a venda de três edifícios na Quinta da Fonte, em representação da gestora de fundos Pramerica Real Estate Investors ao Banif Imopredial por 28 milhões de euros.
Nas avaliações, a C&W/H&B «consolidou a sua posição como líder de mercado, tendo avaliado activos superiores a 10 mil milhões de euros durante o ano de 2005, continuando a sua colaboração com a Sonae Sierra» e o departamento de retalho da consultora esteve envolvido na comercialização de 135.000 m2 de novos espaços comerciais em Portugal