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Valor da aquisição do Grupo Tertir ascende a 138 milhões

O valor total da aquisição do Grupo Tertir ascende a 138 milhões de euros, avança a Mota-Engil em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), depois de ter ontem anunciado que lançou uma OPA sobre a Tertir e Ternor.

18 de Outubro de 2006 às 13:27
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O valor total da aquisição do Grupo Tertir ascende a 138 milhões de euros, avança a Mota-Engil em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), depois de ter ontem anunciado que lançou uma OPA sobre a Tertir e Ternor.

A construtora oferece 80 milhões de euros pelo capital do Grupo Tertir e assume também a sua dívida no valor de 134 milhões de euros, mas como venderá activos no montante de 76 milhões de euros (nomeadamente dois imóveis em Alverca e no Freixeiro),  o valor final perfaz os 138 milhões de euros.

A Mota-Engil lançou, através da ME Ambiente e Serviços,  uma Oferta Pública de Aquisição sobre a Tertir e outra sobre a Ternor, depois de ter chegado a acordo para comprar a Rodrigo Leite SGPS. O preço da OPA sobre a Tertir é de 11,73 euros por acção, sujeito a obrigações contratuais e garantias. As acções da Tertir cotaram pela última vez nos 6,30 euros, pelo que o preço da OPA pressupõe um prémio de 86%.

O preço mínimo da oferta sobre a Tertir é de sete euros e o máximo é de 11,3 euros. Sobre a Ternor o mínimo é de nove euros e o máximo é de 17,84 euros.

A Mota-Engil sublinha que o preço das OPA "será o máximo se os pressupostos do acordo se mantiverem inalterados até ao fim da transacção", que devera estar concluída no primeiro trimestre de 2007 e que está sujeita à decisão de não oposição por parte da Autoridade da Concorrência.

Estas duas OPA surgiram depois de ter chegado a acordo para comprar 100% da RL SGPS por 36,9 milhões de euros mais os suprimentos no valor de 8,5 milhões de euros.

O objectivo da aquisição a curto prazo é controlar o grupo líder no sector em Portugal, reforçar a posição competitiva complementando as concessões do Grupo Mota-Engil em Setúbal e aumentar a visibilidade da área de Ambiente e Serviços.

A médio prazo, a construtora pretende aumentar a exposição a um sector "com claro potencial de crescimento" e a liderança na criação de uma efectiva plataforma atlântica.

A taxa interna de rentabilidade do projecto é de 8,2%, de acordo com a apresentação da Mota sobre a operação.

Vendas das ME Ambiente e Serviços crescem para 250 milhões

Relativamente ao impacto da aquisição na Mota-Enil Ambiente e Serviços, a empresa explica que a primeira consolidação será em 2007 e que as vendas na área de Ambiente e Serviços crescem para os 250 milhões de euros.

A contribuição para o EBITDA consolidado sobe para 50 milhões de euros e o segmento de Logística representará cerca de 45% da área.

A Tertir é grupo líder no sector das operações portuárias em Portugal e estende as suas actividades às operações multimodais e a serviços relacionados. Detém as concessionárias dos terminais de movimentação de carga e contentores de Lisboa, Leixões e Aveiro, nomeadamente a Liscont, a Sotagus, a TMB, a Socarpor Aveiro e a TCL.

Esta aquisição da Mota é mais um passo da empresa liderada por António Mota no sector dos serviços, uma tendência que cada vez mais as construtoras estão a apostar.

A Mota actualmente já actua no sector de operações portuárias em Setúbal através da Sadoport, empresa em regime de parceria com a ACS e, com a aquisição, passará a estar presente em todos os portos nacionais com excepção de Sines.

As acções da Mota-Engil subiam 3% para 4,31 euros. As acções da Tertir e da ternor ainda não negociaram hoje.

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