A brasileira Unidas, adquirida recentemente pela Soluções Automóvel Globais (SAG) [SAG], vai representar receitas consolidadas de 15 milhões de euros (3 milhões de contos) para a empresa nacional, no segundo semestre deste ano, revelou a SAG em conferência de imprensa.

Após a aquisição, a segunda maior empresa brasileira de «rent-a-car», «vai ter um peso de 15 milhões de euros (3 milhões de contos)», ao nível da facturação consolidada da SAG no segundo semestre do corrente ano, adiantou Isabel Calado, responsável da empresa.

A compra da Unidas vai custar à empresa liderada por Pereira Coutinho (na foto) um total de 55 milhões de dólares (64,72 milhões de euros ou 12,97 milhões de contos), com o pagamento deste valor a ser realizado em duas fases.

A primeira fase da amortização daquele montante vai ocorrer em Julho, com o pagamento de 65% do total, o correspondente a 35,75 milhões de dólares (42,04 milhões de euros ou 8,43 milhões de contos), com os restantes 19,25 milhões de dólares (22,64 milhões de euros ou 4,54 milhões de contos) a serem pagos em Dezembro de 2003.

SAG não aumenta capital para financiar aquisição da Unidas

A SAG sublinhou que não se justifica «neste momento, o recurso a qualquer operação de aumento de capital», uma vez que o financiamento do negócio será efectuado «através do recurso a endividamento e à securitização de activos».

A mesma fonte adiantou que «os rácios de cobertura de endividamento» serão mantidos «dentro dos níveis tradicionais do grupo».

Esta aquisição foi «efectuada integralmente livre de dívidas, com excepção daquelas que estejam directamente associadas à aquisição de veículos», referiu ainda a companhia nacional.

Resultados líquidos da Unidas deverão crescer 134% em 2002

Os resultados líquidos da companhia brasileira deverão crescer em cerca de 134% no próximo ano, segundo as projecções financeiras da SAG, fazendo com que a Unidas tenha uma contribuição líquida que deverá superar os 5 milhões de euros (um milhão de contos) para as contas consolidadas do grupo em 2002.

No corrente ano, a Unidas deverá já apresentar uma «contribuição marginalmente positiva» nas contas da SAG, segundo a mesma fonte.

A SAG sublinhou que a Unidas opera actualmente «abaixo da capacidade instalada», pelo que tem «excelentes perspectivas de crescimento» com o reforço dos capitais próprios e com o recurso a novas abordagens do negócio, como o «servicing» e o controle de risco automóvel, entre outras.

A empresa liderada por Pereira Coutinho sublinhou, no referido comunicado, que o mercado brasileiro tem «um forte potencial de crescimento», operando com margens elevadas e uma «concorrência fragmentada», com o líder de mercado a deter uma quota de apenas 10%.

A Unidas deverá atingir uma frota de 6.500 viaturas até final deste ano, contra as 4.277 registadas em Dezembro do ano passado. Em 2003, a companhia deverá atingir as 10 mil viaturas, segundo estimativas da SAG.

As acções da SAG encerraram inalteradas nos 2,10 euros (421 escudos).