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Ao minuto25.10.2024

Europa fecha sem rumo definido

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.

Os primeiros encontros presenciais com investidores estão a ser usados pelos gestores para atualizar estimativas e acalmar os receios sobre o impacto da guerra no mercado financeiro.
Kai Pfaffenbach/Reuters
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25.10.2024

Europa fecha sem rumo definido com investidores atentos a eleições nos EUA e orçamento britânico

Os principais índices europeus fecharam a semana em terreno misto e a registar poucas alterações. Com os resultados pouco animadores de grandes empresas como a Mercedes-Benz a afetarem o sentimento dos investidores, a atenção mantém-se nos múltiplos riscos que se avizinham, como por exemplo as eleições norte-americanas e a apresentação do orçamento de outono no Reino Unido, o primeiro do Governo liderado por Keir Starmer. 

O Stoxx 600 - de referência para o Velho Continente – deslizou 0,03%, para os 518,81 pontos. 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX valorizou 0,11%, o italiano FTSEMIB avançou 0,22% e o holandês AEX ganhou 0,33%. Já o britânico FTSE 100 cedeu 0,25%, o espanhol IBEX 35 registou perdas de 0,23% e o francês CAC-40 manteve-se praticamente inalterado ao cair 0,08%. 

Os índices do Velho Continente estão a cair ligeiramente este mês, com os "traders" a manterem-se cautelosos face aos riscos que se aproximam. Os setores mais expostos à economia chinesa, tais como o de luxo e o dos mineirais, têm sofrido uma pressão adicional, enquanto os investidores avaliam as perspetivas das medidas de estímulo económico de Pequim. 

O orçamento de outono do Reino Unido, previsto para ser apresentado a 30 de outubro, será um dos mais atentamente seguidos nos últimos anos. Com o novo governo trabalhista a enfrentar desafios económicos significativos, o primeiro-ministro Keir Starmer e a chanceler do Tesouro, Rachel Reeves, indicaram que se avizinham medidas duras, abrindo as portas a um período de maior austeridade no país. 

Quanto aos setores, o turismo foi o que mais desvalorizou, ao perder 1,52%, seguido do setor dos seguros, que recuou 0,75%. Por outro lado, o das matérias-primas avançou 1,80% e o do petróleo e gás ganhou 1%. 

Entre os movimentos de mercado, a Electrolux AB afundou mais de 14% depois de os resultados da fabricante sueca de eletrodomésticos terem sido dececionantes devido ao fraco desempenho no mercado norte-americano.

 

Do lado positivo, as ações da Sanofi subiram 2,54% após os lucros da farmacêutica terem sido impulsionados pela procura de vacinas sazonais. 

25.10.2024

Juros das dívidas soberanas europeias registaram agravamentos. No Reino unido aliviaram

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se esta sexta-feira, num dia marcado pela falta de rumo entre os principais índices da Europa ocidental. 

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravaram-se em 4,1 pontos base, para 2,722%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento subiu 3,9 pontos, para 2,993%. 
 
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresceu em 5,6 pontos base, para 3,043%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravaram-se em 2,5 pontos, para 2,290%. 
 
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, aliviaram 0,4 pontos base para 4,231%. 

25.10.2024

Preços do petróleo caminham para ganho semanal

Os preços do petróleo continuam a subir e estão agora a caminho de um ganho semanal, com os últimos dias a serem marcados pela volatilidade nos preços da matéria-prima. Os "traders" mantêm-se atentos aos desenvolvimentos no Médio Oriente, antes de uma retomada das negociações de cessar-fogo nos próximos dias. 

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – sobe 1,40% para os 71,17 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 1,34% para os 75,38 dólares por barril. 

Ambos os índices de referência registaram flutuações esta semana, em grande parte devido à incerteza vivida no Médio Oriente. "A incerteza torna os investidores compreensivelmente e justificadamente pragmáticos", disse o analista da PVM, John Evans, à Reuters. "Os receios de interrupções no fornecimento diminuíram, mas (...) não desapareceram", acrescentou. 

Os investidores continuam a aguardar a resposta de Israel ao ataque iraniano do passado dia 1 de outubro. Num primeiro momento, era esperado que a resposta de Israel pudesse envolver ataques às infraestruturas petrolíferas de Teerão, no entanto, aponta-se agora para um possível ataque a alvos militares por parte do país liderado por Benjamin Netanyahu. 

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse esta quinta-feira que os EUA não querem uma campanha prolongada de Israel no Líbano, enquanto França apelou a um maior foco na diplomacia e a um cessar-fogo. 

Quanto à China, os "traders" também estão à procura de mais clareza sobre as políticas de estímulo económico de Pequim, embora os analistas não esperem que estas medidas proporcionem um grande impulso à procura de petróleo no país. 

25.10.2024

Ouro avança depois de retiradas de mais-valias esta manhã

Todos os metais preciosos tiveram um desempenho negativo em 2021. Este ano, a platina deve valorizar.

Depois de se ter registado um forte movimento de venda no ouro, com vista à retirada de mais-valias, o metal amarelo voltou a subir para perto de máximos históricos e regista agora ganhos modestos.  

O ouro segue a valorizar 0,09%, para os 2.738,550 dólares por onça.  

Com o aproximar das eleições norte-americanas, Kamala Harris e Donald Trump continuam num impasse, já que nenhum dos candidatos apresenta uma clara vantagem nas intenções de voto, de acordo com recentes sondagens citadas pela Reuters. A par disto, os "traders" continuam atentos aos dados económicos e financeiros dos EUA, mas também ao panorama geopolítico. 

O ouro já subiu cerca 32% até agora este ano. De acordo com dados do LSEG Workspace, este será o maior crescimento anual do metal amarelo desde 1979 - caso os preços se mantiverem próximos destes níveis. 

25.10.2024

Dólar valoriza e iene cede com aproximação de eleições no Japão

O dólar norte-americano acumula uma valorização de 22% face ao iene, 13% em relação ao euro e 6% contra as pares dos emergentes desde o início do ano.

O dólar está a caminho de registar o quarto ganho semanal esta sexta-feira, com o iene perto de mínimos de três meses, antes das eleições japonesas deste fim de semana, que podem complicar os planos do Banco do Japão (BOJ) para normalizar as taxas diretoras. 

O dólar avança 0,11% para os 152 ienes. 

A nota verde mantém-se estável, apoiada nas expectativas de um ritmo de flexibilização monetária mais lento por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana nos próximos meses e pelas crescentes apostas de um possível regresso de Donald Trump à Casa Branca. 

O Índice de dólar da Bloomberg, que mede a força da moeda contra as principais divisas rivais, mantém-se praticamente inalterado e cai 0,02% para 104,037 pontos. 

Por cá, o euro segue a valorizar 0,04% para os 1,083 dólares. Também a libra ganha terreno e sobe 0,12%, para os 1,299 dólares. 

25.10.2024

Wall Street negoceia no verde à boleia de ganhos das tecnológicas

Wall Street arranca a última sessão da semana em terreno positivo. Durante o dia de hoje, os investidores continuarão a analisar a saúde das empresas norte-americanas à medida que continua a época de apresentação de resultados trimestrais. Enquanto se aproximam as eleições presidenciais nos EUA, as apostas de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana irá assumir um ritmo de flexibilização monetária mais lento continuam. 

O S&P 500 avança 0,68% para os 5.849,18 pontos, enquanto o Nasdaq Composite sobe 1,02% para 18.603,74 pontos. Já o Dow Jones ganha 0,38% para 42.535,29 pontos. 

Os três principais índices parecem, no entanto, destinados a quebrar a sua série de seis semanas de ganhos, com os índices a serem pressionados pela rápida subida das "yields", enquanto uma perspetiva económica saudável - para o qual contribuiu a descida inesperada dos pedidos de subsídio de desemprego no país na semana passada - aumenta as apostas numa redução menos agressiva das taxas diretoras. 

"O movimento ascendente das "yields" abrandou, permitindo que o mercado acionista recupere o fôlego e se concentre nos lucros das empresas, que, de um modo geral, têm sido bastante bons", disse à Reuters Ross Mayfield, estratega de investimentos da Baird. 

A Tesla arrancou quarta-feira com a apresentação de resultados trimestrais das tecnológicas. A empresa liderada por Elon Musk fechou a sessão de ontem a valorizar mais de 20%, a maior subida em mais de uma década. A produtora de veículos elétricos registou lucros de 2,5 mil milhões de dólares, superando a expectativa dos analistas. 

A próxima semana - reta final antes das eleições presidenciais de 5 de novembro nos EUA - promete ser crucial para Wall Street, já que são conhecidos os resultados trimestrais de grandes empresas tecnológicas, incluindo a Alphabet, a Apple e a Microsoft, mas também serão revelados importantes dados económicos que servirão para analisar a saúde da maior economia mundial. 

Entre os movimentos de mercado, a Capri Holdings, empresa fundada pelo designer Michael Kors e ligada ao setor do vestuário, cai mais de 45% depois de um juiz dos EUA ter bloqueado uma fusão pendente entre a empresa e a fabricante de bolsas Tapestry. As ações da Tapestry sobem 12,98%.

 

Por outro lado, a Western Digital – fabricante de discos rígidos norte-americana - valoriza 8,62%, depois de a empresa ter superado as estimativas de lucros trimestrais esta quinta-feira. 

Entre as "big tech", a Amazon sobe 1,41%, a Nvidia cresce 1,33%, a Microsoft ganha 1,21%, a Meta valoriza 1,15%, a Alphabet pula 0,86% e a Apple avança 0,40%. 

25.10.2024

Euribor cai para novos mínimos a três, a seis e a 12 meses

A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses para novos mínimos desde abril e janeiro de 2023 e outubro de 2022, mas manteve-se acima de 3% no prazo mais curto.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 3,059%, continuou acima da taxa a seis meses (2,894%) e da taxa a 12 meses (2,565%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou hoje para 2,894%, menos 0,026 pontos e um novo mínimo desde 19 de janeiro de 2023.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto mostram que a Euribor a seis meses representava 37,6% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,2% e 25,8%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também recuou hoje, para 2,565%, menos 0,049 pontos do que na quinta-feira e um novo mínimo desde 07 de outubro de 2022.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu hoje, ao ser fixada em 3,059%, menos 0,013 pontos e um mínimo desde 05 de abril de 2023.

A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).

Em 17 de outubro, o BCE cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar "no bom caminho" e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.

Em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

25.10.2024

Resultados abaixo do esperado pressionam Europa

Os principais índices europeus estão a negociar em baixa esta sexta-feira, pressionados por resultados abaixo do esperado, ao mesmo tempo que os investidores avaliam várias eventos de risco, como o orçamento no Reino Unido e as eleições nos Estados Unidos.

O índice de referência europeu, Stoxx 600, recua 0,33% para 517,25 pontos, com o setor automóvel e das "utilities" (água, luz, gás) a registarem as maiores quedas, em torno de 0,5%. O "benchmark" europeu está assim a caminho da primeira semana de quedas em três, numa altura em que a negociação tem sido marcada pela época de resultados, pela trajetória de corte de juros e as eleições nos Estados Unidos.

Entre os principais movimentos de mercado, a Mercedes-Benz cai quase 2%, depois de os resultados do terceiro trimestre terem ficado abaixo do esperado. Ainda no setor automóvel, a Valeo perde 11%, depois de a fabricante de componentes ter revisto as perspetivas de resultados para o acumulado do ano em baixa.

No setor das bebidas, a Remy Contreau cai 0,67%, depois de, na abertura, ter chegado a desvalorizar 3%, após ter reduzido as estimativas de vendas para 2024, citando menor procura no terceiro trimestre.

Pela positiva a Sanofi ganha mais de 1%, após ter divulgado um aumento dos lucros acima do esperado, devido a maior procura por vacinas sazonais.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cede 0,2%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,32%, o italiano FTSEMIB recua 0,06%, o britânico FTSE 100 perde 21% e o espanhol IBEX 35 cai 0,24%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,3%.

Em Lisboa, o PSI contraria a tendência e sobe 0,29%, após seis sessões consecutivas em queda.

25.10.2024

Juros agravam-se ligeiramente na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu estão a agravar-se muito ligeiramente esta sexta-feira, com os investidores centrados na divulgação do inquérito sobre as expectativas da inflação pelos consumidores.

Ainda a centrar atenções estão comentários do governador da Bélgica, Pierre Wunsch, que afirmou que é muito cedo para começar a considerar um corte de 50 pontos base em dezembro. Wunsch diz que apesar da Zona Euro apresentar sinais de fraqueza, é ainda importante analisar os próximos dados de inflação e indicadores económicos para tecer conclusões.

Já após o fecho da sessão o destaque vai para uma avaliação do rating de França pela Moody's, numa altura em que o elevado défice e dívida do país têm gerado preocupações junto dos investidores. Já a DBRS vai pronunciar-se sobre Itália.

A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, soma 1,4 pontos base para 2,695%, enquanto a rendibilidade da dívida espanhola cresce 0,8 pontos base para 2,962%. A "yield" das obrigações soberanas italianas aumenta 0,7 pontos para 3,478%.

Por sua vez, a "yield" da dívida alemã a dez anos, de referência para a região, agrava-se em 0,6 pontos base, para 2,270%. Já a rendibilidade da dívida francesa com a mesma maturidade soma 0,8 pontos base, para 2,996%.

Fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, alivia 1,9 pontos base para 4,216%.

25.10.2024

Dólar inalterado. Nervosismo em torno das eleições no Japão pressiona iene

O dólar está a negociar sem tendência definida esta sexta-feira, depois de ter assinalado a maior queda em um mês contra as principais divisas rivais na quinta-feira, acompanhando um alívio nas "yields" da dívida norte-americana de máximos de três meses.

O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da moeda em relação às suas principais divisas concorrentes – soma 0,01% para 104,072 dólares. A "nota verde" cede 0,06% para 0,923 euros e soma 0,13% para 152,03 ienes.

O iene segue a caminho da quarta semana de perdas, antes das eleições que se realizam este fim de semana no Japão, com as sondagens a mostrarem que o atual partido do governo poderá perder a maioria. Este cenário complicaria o trabalho de normalização da política monetária do Banco do Japão.

25.10.2024

Ouro em queda, mas caminha para terceira semana de ganhos

Tal como as ações, as obrigações e o dólar, também o ouro será condicionado pelo discurso de Jerome Powell em Jackson Hole.

O ouro está a negociar ligeiramente em queda, mas a caminho de um saldo semanal positivo, numa semana em que a procura por ativos-refúgio levou os investidores ao metal precioso. A centrar atenções está também o paládio que segue a caminho da melhor semana em cerca de um mês.

O ouro recua 0,17% para 2.731,43 dólares por onça, enquanto o paládio cede 1,99% para 1.137,06 dólares por onça, depois de ontem ter atingido máximos do ano ao escalar mais de 9%.

Os investidores preparam-se para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, com as sondagens a mostrarem que o vencedor não é claro. "Estas eleições são mais dinâmicas e mais imprevisíveis do que as anteriores. Tal volatilidade cria um interesse adicional no ouro", disse à Reuters a CEO da Mind Money Julia Khandoshko.

"Nos próximos três meses, o ouro pode chegar aos 2.800 dólares por onça, e de uma perspetiva anual, poderá ultrapassar a fasquia psicológica dos 3.000 dólares por onça", acrescentou.

25.10.2024

Petróleo em alta à boleia de tensões no Médio Oriente

Desde o início deste ano, o preço do petróleo tem estado a recuperar. Será um momento de viragem?

Os preços do petróleo estão a valorizar ligeiramente, após duas sessões consecutivas em queda, numa altura em que os investidores continuam a centrar-se nos desenvolvimentos geopolíticos no Médio Oriente e as perspetivas de fornecimento desta matéria-prima.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – soma 0,21% para os 70,34 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,24% para os 74,56 dólares por barril. Os dois "benchmarks" caminham para um ganho de 1% na semana.

O mercado centra-se agora no encontro entre negociadores do Hamas e de Israel que se vão reunir numa nova tentativa de alcançar um cessar-fogo e o fim do conflito em Gaza. Ao mesmo tempo, a possibilidade de uma retaliação de Israel face aos ataques do Irão ainda está em cima da mesa.

"Continuamos a pensar que o preço certo para o petróleo é de cerca de 70 dólares, onde está atualmente, enquanto aguardamos novos catalisadores, incluindo o resultado de uma reunião do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional da China, bem como a resposta de Israel ao ataque com mísseis do Irão a 1 de outubro", referiu à Reuters o analista da IG Tony Sycamore.

25.10.2024

Futuros da Europa aponta para queda ligeira. Japão no vermelho antes das eleições

O Japão tem implementado medidas para eliminar resistência das cotadas a darem prioridade aos acionistas.

Os principais índices europeus estão a apontar para uma abertura ligeiramente em queda, numa semana morna em que os investidores se têm centrado na época de resultados referentes ao terceiro trimestre.

O mercado está também atento ao futuro da política monetária dos dois lados do Atlântico, depois de novos dados relativos à atividade empresarial do bloco europeu terem refletido uma estagnação, devido a menor procura interna e externa.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 cede 0,12%.

Na Ásia, a sessão foi mista, com os principais índices da região a caminho da quarta semanas consecutiva de perdas.

Os índices japoneses desvalorizaram, com a crescente especulação de que a coligação que está atualmente no governo possa perder a maioria nas eleições deste fim de semana.

Os ganhos nas bolsas chinesas e em Taiwan acabaram por compensar as quedas no Japão. Os "traders" seguem atentos às medidas de estímulo implementadas por Pequim com o objetivo de renovar o dinamismo da economia.

A falta de detalhes ou um pacote de medidas de estímulo económico de menor dimensão do que o esperado poderá desacelerar o atual momento positivo nas ações chinesas, comentou à Bloomberg May Yan, analista da UBS Global Asset Management. "Mas com mais detalhes das políticas em si, o 'rally' pode continuar no próximo ano", acrescentou.

No Japão, o Nikkei cai 0,6% e o Topix desvaloriza 0,65%. Na Coreia do Sul, o Kospi soma 0,13%. Na China, o Hang Seng, em Hong Kong, avança 0,62% e o Shanghai Composite sobe 0,55%.

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