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UE pode reduzir em mais de um terço importações de gás natural russo num ano

As medidas propostas incluem o estabelecimento de uma capacidade mínima de armazenamento de gás para ser mais resistente aos choques do mercado e um mecanismo para tornar os preços da eletricidade menos sensíveis ao aumento dos preços do gás.

Vitaliy Hrabar / Reuters
03 de Março de 2022 às 12:54
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A União Europeia poderia reduzir as suas importações de gás natural russo em mais de um terço num ano se implementar uma série de recomendações feitas esta quinta-feira pela Agência Internacional de Energia (AIE).

O catálogo de dez medidas propostas pela AIE vai desde a não assinatura de novos contratos de fornecimento com a Rússia, à procura de outros fornecedores, passando pela promoção de todo o tipo de alternativas (energias renováveis, biomassa ou nuclear) e pela melhoria da eficiência energética.

"Já ninguém tem ilusões. A utilização pela Rússia dos seus recursos de gás natural como arma económica e política mostra que a Europa tem de agir rapidamente para enfrentar as consideráveis incertezas sobre os fornecimentos russos no próximo inverno", disse Fatih Birol, diretor executivo da AIE.

As medidas propostas incluem o estabelecimento de uma capacidade mínima de armazenamento de gás para ser mais resistente aos choques do mercado e um mecanismo para tornar os preços da eletricidade menos sensíveis ao aumento dos preços do gás.

A redução da dependência energética da Europa em relação à Rússia, especialmente de gás natural mas também petróleo, será uma das questões-chave a ser discutida na cimeira informal dos líderes da UE de 10 e 11 de março em Versalhes (França).

A Europa não pode "depender de outros, especialmente do gás russo", disse o Presidente francês, Emmanuel Macron, durante o seu discurso televisivo ao país na quarta-feira à noite, no qual afirmou que a cimeira da UE começará a tomar decisões.

A Comissária Europeia para a Energia, Kadri Simson, anunciou durante a apresentação da AIE que na próxima semana apresentará um plano para reduzir a dependência da UE do gás russo, um plano que terá em conta as recomendações da agência, sediada em Paris.
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