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Troca de participações entre Groundforce e SATA possível no Verão

O cruzamento de participações entre a empresa de assistência em terra aos aviões Groundforce e a congénere brasileira SATA «é uma possibilidade ainda este Verão», admitiu hoje o administrador-delegado da sociedade portuguesa.

28 de Julho de 2006 às 17:50
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O cruzamento de participações entre a empresa de assistência em terra aos aviões Groundforce e a congénere brasileira SATA «é uma possibilidade ainda este Verão», admitiu hoje o administrador-delegado da sociedade portuguesa.

Em declarações à agência Lusa, Ângelo Esteves considerou que o mercado brasileiro continua a ser estratégico para a empresa herdeira do "handling" da TAP e que um cruzamento de participações está apenas dependente da resolução da situação da transportadora aérea brasileira Varig, a principal cliente da SATA.

No entanto, escusou-se a avançar a dimensão da parcela de capital a cruzar, referindo que as duas empresas "ainda estão a conversar sobre o assunto".

No início do ano, Ângelo Esteves tinha já admitido o interesse da Groundforce em participar no capital da SATA, mas o presidente da empresa brasileira escusou-se a avançar de imediato "para um casamento".

"Começámos agora um "namoro", que tem boas chances de evoluir para algo mais sério e talvez nos próximos meses possamos estar a programar um futuro casamento", afirmou Allemander Pereira para ilustrar a situação das duas empresas, numa conferência de imprensa em Lisboa destinada a apresentar um protocolo de cooperação empresarial.

As duas empresas admitiram na ocasião, estarem a "encarar uma integração societária", que daria origem ao quarto maior operador de "handling" a nível mundial.

Entretanto, a SATA dispõe de um novo conselho de administração, com o qual a Groundforce já se reuniu e que "reafirmou a importância estratégica da parceria".

Além do programa de cooperação e partilha de know how operacional, de gestão e estratégico, a Groundforce e a SATA partilham uma joint venture para o "handling" de aviação executiva no Brasil.

A situação da Varig - que enfrenta um processo de falência -, pode provocar um impacto transitório na SATA e implicar alguns ajustamentos, pelo que uma clarificação é necessária antes de um aprofundamento da aproximação societária, considerou o administrador- delegado da Groundforce.

No entanto, manifestou-se optimista quanto ao impacto que o desaparecimento da Varig possa ter na SATA, cuja "sobrevivência é certa".

"O mercado de ground handling tem esta particularidade: as companhias aéreas podem desaparecer, mas o mercado continua a existir e rapidamente o lugar deixado vago é ocupado por outras", afirmou Ângelo Esteves.

A SATA é o operador de "handling" de referência no mercado brasileiro, onde presta serviços a mais de 200 companhias aéreas e detém uma quota de mercado superior a 55 por cento.

Detida pelo grupo Varig, a SATA registou uma facturação de 85 milhões de euros em 2005.

Resultante da privatização da área de "handling" da TAP, a Groundforce é detida maioritariamente pela espanhola Globalia e pelas transportadoras aéreas portuguesas TAP e Portugália e registou um volume de negócios de 275 milhões de euros no ano passado.

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