A Tranquilidade, do Grupo Espírito Santo (GES), anunciou hoje que registou perdas de 45,2 milhões de euros (9,06 milhões de contos) nos primeiros seis meses do ano, devido às provisões efectuadas para cobrir as quedas em Bolsa das acções detidas pela seguradora.

Os prejuízos registados entre Abril e Junho deste ano comparam com os lucros consolidados de 8,8 milhões de euros (1,76 milhões de contos) apresentados no período homólogo.

A descida superior a 20% do índice PSI20 [PSI20] no primeiro semestre, «resultou em perdas de capital não-realizadas de aproximadamente 54,9 milhões de euros (11 milhões de contos) no portfolio de investimentos», que foram totalmente cobertas por provisões, de acordo com um comunicado da empresa.

O volume de prémios consolidado aumentou 17,1% para os 600,3 milhões de euros (120,35 milhões de contos), uma taxa de crescimento que compara com o incremento de 5,3% apresentado pelo conjunto do mercado nacional no primeiro semestre.

Devido ao aumento dos prémios, a quota da Tranquilidade no mercado nacional aumentou dos 15,5% verificados no primeiros semestre de 2000 para os 17,2%.

Os prémios de seguros do ramo vida registaram um crescimento homólogo de 21,5% para os 413,6 milhões de euros (82,92 milhões de contos), ou 68,9% do total, com este segmento a conseguir uma quota de mercado de 24,3%.

O GES divulgou também os resultados da sua participada Compagnie Bancaire Espírito Santo, cujos lucros desceram 18,3% no primeiro semestre do ano, para os 5,63 milhões de euros (1,13 milhões de contos).

As acções do Banco Espírito Santo (BES) [BESNN] seguiam a ganhar 0,37% para os 13,60 euros (2.726 escudos).