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Trabalhadores da Galp exigem prémio "extraordinário" e ameaçam com greve

Os representantes da Comissão de Trabalhadores (CT) da Galp estiveram ontem reunidos com o secretário de Estado da Indústria e Inovação, Castro Guerra, para darem conhecimento das suas reivindicações e preocupações relativamente à empresa e da intenção de

11 de Outubro de 2006 às 08:14
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Os representantes da Comissão de Trabalhadores (CT) da Galp estiveram ontem reunidos com o secretário de Estado da Indústria e Inovação, Castro Guerra, para darem conhecimento das suas reivindicações e preocupações relativamente à empresa e da intenção de avançarem para a greve, caso o presidente do conselho de administração da empresa, Murteira Nabo, não os receba no dia 12, disse ao "Diário de Notícias" o porta-voz da CT, Hugo Bastos.

Os trabalhadores exigem um prémio extraordinário como compensação pelo facto de não terem direito a nenhuma fatia dos dividendos extraordinários de 870 milhões de euros aprovados recentemente e a distribuir pelos accionistas e querem esclarecimentos sobre o calendário de investimentos da empresa, nomeadamente dos que foram anunciados para as refinarias de Sines e de Matosinhos, e as verbas afectas a esse projectos.

O prémio exigido, diz Hugo Bastos, é o correspondente a dois salários médios da empresa, o que quer dizer cerca de cinco mil euros.

Recorde-se que a Galp apresentou, este ano, o projecto de reconversão e aumento da capacidade de refinação daquelas duas unidades, envolvendo um investimento superior a 1,7 mil milhões de euros. Mas ainda não avançou.

Por outro lado, gostariam de perceber de que forma o Estado vai assegurar os interesses estratégicos na empresa depois da privatização e exigem esclarecimento sobre alguns aspectos "pouco claros" no acordo parassocial, assinado pelos accionistas.

O responsável da CT adiantou ainda que na quinta-feira, às 11 horas, reunir-se-ão junto à sede da empresa, nas Torres de Lisboa, os elementos da comissão, mais os das organizaçãoes sindicais e ainda delegações de trabalhadores provenientes e várias instalações da Galp espalhadas pelo País. O objectivo é pressionar o presidente do conselho de administração da Galp a receber os elementos da Comissão de Trabalhadores. "Se não formos recebidos e não forem esclarecidas as nossas dúvidas, vamos avançar para a greve", garantiu Hugo Bastos.

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