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Trabalhadores da Azambuja ainda têm esperança que fábrica não feche

Os trabalhadores da fábrica da Opel da Azambuja mantêm alguma esperança de que a unidade se mantenha em funcionamento, apesar do anúncio de encerramento, disse hoje Paulo Vicente, membro da Comissão de Trabalhadores.

16 de Junho de 2006 às 09:19
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Os trabalhadores da fábrica da Opel da Azambuja mantêm alguma esperança de que a unidade se mantenha em funcionamento, apesar do anúncio de encerramento, disse hoje Paulo Vicente, membro da Comissão de Trabalhadores.

Paulo Vicente reagia desta forma às noticias de que dão conta de contactos directos entre o primeiro-ministro português, José Sócrates, com a administração da General Motors para que esta mantenha a fábrica em funcionamento pelo menos até 2009, conforme prevê o acordo social assinado com o governo em 2005.

Os cerca de 1.200 trabalhadores da fábrica da Azambuja iniciaram hoje, às 00h00, uma greve de 24 horas, tendo começado a concentrar-se na empresa às 08h30 de hoje.

Durante a manhã, os trabalhadores vão marchar até à Câmara Municipal da Azambuja, onde se vão encontrar simbolicamente com o presidente da autarquia, Joaquim Ramos, disse o membro da Comissão de Trabalhadores.

«O objectivo do protesto de hoje é lutar contra o encerramento da fábrica e pela manutenção dos postos de trabalho. Queremos que a General Motors assuma os seus compromissos», disse referindo-se ao acordo social.

Segundo Paulo Vicente, os trabalhadores da unidade da Opel da Azambuja foram contactados por vários deputados, que manifestaram interesse em deslocar-se à fábrica para reuniões com os trabalhadores.

Os funcionários da empresa receberam quarta-feira uma mensagem de correio electrónico da administração comunicando que o modelo de viatura Combo, o único a ser fabricado na Azambuja, vai ser transferido para Saragoça, Espanha.

A General Motors (GM) Europa, proprietária da Opel, admitiu recentemente o encerramento da fábrica da Azambuja, fundada em 1963, até ao fim do ano em curso e o jornal económico alemão Handelsblatt noticiou segunda-feira que o grupo decidiu encerrar a unidade a 31 de Outubro, citando fontes empresariais.

A GM adiou, entretanto, sem dar explicações, as negociações sobre um possível encerramento da fábrica da Azambuja, inicialmente previstas para quarta-feira.

Ainda na quarta-feira, depois de uma reunião com o vice-presidente da GM Europa, o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, afirmou que continua tudo em aberto quanto ao possível encerramento da unidade da Opel.

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