A TAP e a Star Alliance têm planos de contigência para responder às necessidades dos seus passageiros em caso de uma eventual ruptura no serviço da Varig, que enfrenta graves dificuldades financeiras.

Questionado pelos jornalistas sobre esta eventualidade, Fernando Pinto, presidente executivo da TAP, referiu que é normal que a companhia tenha planos para caso de ruptura na oferta da Varig que assegura, através do «code-share» a distribuição dos passageiros da companhia portuguesa no Brasil, que é hoje o principal mercado da TAP. O plano passaria por reforçar os voos o mais possível para escoar os passageiros da Star Alliance.

No entanto, Fernando Pinto não acredita que o pior cenário se venha a concretizar e reafirmou a sua confiança de que a Varig vai superar a situação. Quando se agravaram os problemas financeiros da Varig, em meados do ano passado, a TAP foi a empresa escolhida pela Star Alliance para apoiar a companhia brasileira, tendo chegado a apresentar um plano de recuperação para a empresa.

Hoje a TAP não afasta a hipótese de fazer uma proposta para a gestão da Varig, mas só haverá envolvimento financeiro na companhia brasileira quando esta tiver realizado a sua reestruturação, explicou aos jornalistas Fernando Pinto.

Depois de sublinhar que a responsabilidade pela reestruturação pertence às próprias companhias integrantes da Star Alliance, Jaan Albrecht, CEO da Star, referiu que o papel da aliança é do de apoiar as empresas em dificuldades a reduzir os seus custos, através dos programas comuns, e a aumentar os seus proveitos, canalizando mais passageiros para os seus mercados.

O responsável reconheceu que existem mecanismos de salvaguarda dos passageiros em casos de ruptura, mas que esse é um cenário que ainda não está em discussão. Jaan Albrecht reafirmou a confiança na capacidade da Varig para superar as actuais dificuldades e lembrou os sucessos alcançados por outras transportadas da Star Alliance, Air Canada, United e US Airways, também envolvidas em processos de recuperação judicial.