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TAP teme que inflação afete procura e não afasta novo aumento de preços

Em meados de março, a TAP anunciou o aumento da sobretaxa de combustível devido à subida do preço do petróleo, indicando que "a curto prazo, é inevitável que os preços das viagens" subam.

O plano de reestruturação da companhia aérea foi aprovado esta terça-feira pela Comissão Europeia.
Miguel Baltazar
31 de Março de 2022 às 12:05
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A TAP disse esta quinta-feira recear o "potencial impacto da inflação na procura", em altura de crise energética e de guerra, que pressionam os preços, sem afastar novos aumentos para os passageiros, que acompanharão "tendências do setor".

"O maior impacto para nós [da guerra], aos dias de hoje, é referente aos preços dos combustíveis, em como reforçamos o nosso 'hedging' este ano e no próximo o potencial impacto da inflação e na procura, porque a inflação afeta os custos para os cidadãos e isso pode afetar a procura", afirmou a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener.

"Já tivemos um aumento [...], que anunciámos há uns dias, e estamos a acompanhar as tendências da indústria e a monitorizar o efeito destes aumentos na procura porque tem de haver um equilíbrio entre os preços e o que é refletido nos preços" dos bilhetes, acrescentou a responsável, em declarações à margem da Cimeira da Aviação 2022 organizada pela Airlines for Europe (A4E), a maior associação de companhias aéreas na União Europeia.

De acordo com a responsável, esta "não é uma tarefa fácil" e "não será possível refletir todo o impacto do aumento de combustíveis".

"Sabemos isso, é apenas entender o que podemos fazer e depois implementar todas as iniciativas do lado dos custos", adiantou falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas, em altura de aceso confronto armado na Ucrânia após a invasão russa do país no final de fevereiro e de crise energética.

Em meados de março, a TAP anunciou o aumento da sobretaxa de combustível devido à subida do preço do petróleo, indicando que "a curto prazo, é inevitável que os preços das viagens" subam.

A companhia adiantou que "quer manter a sua competitividade" e tomará "as medidas mais adequadas em matéria de preços", que podem subir entre 3 e 25 euros.

A inflação é, por estes dias, mais acentuada no que toca aos preços energéticos, tendo os preços dos combustíveis disparado nas últimas semanas e alcançado os níveis mais altos da última década devido aos receios de redução na oferta provocada pela invasão russa da Ucrânia.

Este aumento dos combustíveis pressiona também o setor da aviação, que ainda está a tentar recuperar das consequências da pandemia de covid-19, o que poderá resultar em bilhetes de avião mais caros.

O combustível representa até 35% dos custos operacionais das companhias aéreas.

As mais recentes previsões internacionais indicam que as transportadoras aéreas europeias não deverão apresentar lucros até 2023 ou 2024, na melhor das hipóteses.


Lusa/fim
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