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Talone escolhe nova equipa de gestão para ex-Enersis

Depois de mudar o nome da Enersis para Iberwind, João Talone está agora a ultimar a nomeação da nova gestão. Navarro Machado, antigo companheiro de administração da EDP, foi o nome escolhido pelos novos accionistas para assumir a presidência executiva da empresa de energias renováveis, comprada em Novembro passado aos australianos da Babcock & Brown (B&B), apurou o Negócios.

24 de Dezembro de 2008 às 08:35
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Depois de mudar o nome da Enersis para Iberwind, João Talone está agora a ultimar a nomeação da nova gestão. Navarro Machado, antigo companheiro de administração da EDP, foi o nome escolhido pelos novos accionistas para assumir a presidência executiva da empresa de energias renováveis, comprada em Novembro passado aos australianos da Babcock & Brown (B&B), apurou o Negócios.

Navarro Machado, actual presidente da ENVC - Estaleiros Navais de Viana do Castelo, vai assumir as novas funções de CEO da Iberwind em meados de Janeiro. O gestor será responsável directo pelos negócios em Portugal, enquanto o pelouro internacional ficará a cargo do vice-presidente António Gellweiler, que já está em funções executivas e é também accionista da nova empresa com uma participação um pouco superior a 5%.

Os anteriores administradores, Afonso Proença e António Sá da Costa - que ficaram na empresa quando esta foi vendida em 2005 pela Semapa de Pedro Queiroz Pereira aos australianos da B&B -, apresentaram a demissão logo após o "closing" da operação.

Desde a saída destes responsáveis, incontactáveis até ao fecho da edição, João Talone tem estado directamente envolvido na gestão.

Depois da entrada de Navarro Machado, agendada para 15 de Janeiro, o sócio fundador do "private equity" Magnum Capital - que liderou o consórcio comprador - irá ficar com funções não executivas ('chairman').

Além de Afonso Proença e de Sá da Costa, presidente da APREN - Associação Portuguesa de Energias Renováveis, já saíram da antiga Enersis os quatro homens fortes colocados pela B&B no negócio das renováveis em Portugal: o CEO, Antonino Lo Blanco, e os gestores de projectos Ian Sharper, Carl Tishlen e Matteo Maino. Até ao final do ano, está prevista a saída de responsáveis de segunda linha.

Contactado, João Talone disse não querer fazer para já qualquer comentário sobre a nova organização, limitando-se a afirmar que "deixámos de ser uma promotora de electricidade, para sermos uma empresa produtora de electricidade".

A venda da Enersis, maior negócio do ano em Portugal, aconteceu há pouco mais de um mês por 1.200 milhões de euros, estando prevista para fechar em Junho. Nessa altura, estavam na corrida os franceses da Suez e os espanhóis da Iberdrola, que acabaram por desistir. A B&B foi depois obrigada a "repescar" a proposta de Talone, que tinha sido afastada na primeira fase por ser cerca de 250 milhões de euros mais barata.

O consórcio da Magnum conta ainda com a Espírito Santo Capital, grupo Multipower (de Gellweiler), bem como as 'holdings' de empresários portugueses Gotan e Madre (de António Parente) e o fundo internacional Fjord Capital.

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