A sueca Arla, um dos maiores grupos do sector de lacticínios da Europa, está interessada em comprar activos da Parmalat, nos países em que a marca já opera, anunciou Aake Modig, presidente da companhia.

Em entrevista ao jornal italiano “Il Sole 24 Ore”, o presidente do grupo sueco admitiu estar interessado em parte dos activos da Parmalat, nos países onde opera, sobretudo no Brasil.

O grupo marca presença em vários cantos do mundo, como Estados Unidos, Argentina, Japão, Malásia, Finlândia ou Espanha, por exemplo.

A Arla vai avaliar a aquisição de alguns activos, caso a italiana os coloque à venda, utilizando o crédito que o grupo sueco tem sobre a Parmalat no valor de cinco milhões de dólares (quatro milhões de euros).

Em 2000, a Arla fundiu as operações com a dinamarquesa MD Foods, passando a ser uma cooperativa de 13 mil produtores de leite que fornecem 7 mil milhões de litros por ano.

Representantes do governo brasileiro deslocaram-se, hoje, a Itália para entender se a Parmalat Brasil é ou não recuperável e para confirmar se esta subsidiária foi ou não, uma das maiores fontes de prejuízo da italiana.

A Parmalat protagoniza um dos maiores escândalos financeiros da história de Itália, com contas bancárias falsas, empolamento de lucros e receitas, tendo já conduzido à prisão de mais uma dezena de responsáveis da empresa de lacticínios da empresa que abriu falência.