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Startup de inteligência artificial de Elon Musk quer angariar 6 mil milhões para desafiar OpenAI

xAI, do multimilionário Elon Musk, tem tentado seduzir investidores em todo o mundo, designadamente em Hong Kong, Japão e Coreia do Sul, mas também feito abordagens a fundos soberanos no Médio Oriente.

Elon Musk, o homem mais rico do mundo, vê fortuna subir 96,6 mil milhões de dólares em seis meses.
Gonzalo Fuentes/Reuters
26 de Janeiro de 2024 às 10:41
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A startup de inteligência artificial do multimilionário Elon Musk, xAI, subiu a parada: depois de, em dezembro último, ter comunicado ao mercado, que pretendia angariar 1.000 milhões de dólares, encontra-se em conversações para levantar até 6.000 milhões de dólares para desafiar a OpenAI, apoiada pela Microsoft, avança, esta sexta-feira, o Financial Times.

A xAI tem tentado seduzir investidores em todo o mundo ao longo das últimas semanas, de acordo com múltiplas fontes, com quatro a indicarem que estas conversações incluíram "family offices" em Hong Kong, indica o jornal, apontando que angariar dinheiro naquela região administrativa especial da China para uma firma de inteligência artificial norte-americana pode redundar num processo politicamente tenso.

Além de Hong Kong, a xAI também terá tentado a sorte junto de fundos soberanos no Médio Oriente, assim como abordado investidores no Japão e na Coreia do Sul.

Três fontes com conhecimento das conversações indicaram ao jornal financeiro que Elon Musk procura angariar até 6.000 milhões de dólares para a xAI, com uma avaliação proposta na ordem dos 20.000 milhões de dólares. Contudo, várias pessoas ressalvaram que as negociações continuam em curso e que o multimilionário ainda estava a testar o apetite dos investidores por tão avultadas maquias.

Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX e dono da rede social X (ex-Twitter), foi um dos cofundadores da OpenAI em 2015, mas abandonou a empresa três anos depois. Em julho do ano passado, criou a xAI e, em novembro, a startup lançou o seu primeiro modelo de inteligência artificial, um "chatbot" com "uma veia rebelde" denominada de Grok, disponível apenas para um grupo restrito de subscritores "premium".

Apesar da aposta na nova ferramenta, Musk foi um dos que advertiu que a inteligência artificial pode ser "uma das maiores ameaças para a humanidade", tendo deixado clara a sua posição contra a forma como as "big tech" a têm abordado. Foi nesse sentido, aliás, no início do ano, um dos mil signatários de uma carta aberta que pedia "uma pausa, de pelo menos seis meses", no desenvolvimento de novos sistemas de inteligência artificial que queiram copiar e melhorar o que o GPT-4 - modelo de linguagem da OpenAI utilizado no ChatGPT - faz.
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