A maior cadeia de "coffee shops", Starbucks, que conta com estabelecimentos em Portugal, vai estrear-se em Itália com a abertura de duas cafetarias em Mião e em Roma, no próximo Verão. Mas não vai ficar-se por aqui. Logo de seguida irá abrir mais quatro estabelecimentos nessas duas cidades, tendo prevista a abertura de centenas até 2023 "se o mercado responder bem", afirmou o empresário italiano Antonio Percassi esta semana, citado pelo The Telegraph.

Esta não é a primeira vez que uma grande companhia global tenta inserir-se na cultura italiana, sublinha Lee Marshall, especialista italiano na área das viagens. Um exemplo foi o da McDonald’s, que ali fez a sua estreia em 1986. "Hoje em dia, os Big Macs são parte da experiência alimentar das crianças italianas, a par com a pizza e a pasta – mas não substituíram as suas raízes", comentou ao Telegraph Travel.

"O mesmo acontecerá com a Starbucks. Muitos turistas irão, porque muitas pessoas, quando estão fora dos seus países, gostam de marcas que conhecem. Mas os italianos também irão, nem que seja para usar o Wi-FI", salientou Marshall.

Mas atenção, advertiu: "é bom que façam o café como deve de ser. A primeira vez que servirem a um habitante local um mau ‘espresso’, ou demasiado quente, o cliente nunca mais regressará".

"Somos snobs no que diz respeito ao café", comentou por seu lado o psicólogo Paolo Vergnani, que bebe 10 espressos por dia. Apesar disso, considera que há espaço para a Starbucks em Itália. "Penso que os jovens italianos vão gostar", disse à BBC News.

No passado dia 1 de Dezembro, recorde-se, Howarf Schulz anunciou a sua renúncia ao cargo de presidente executivo da Starbucks, ficando apenas como "chairman".

A substituí-lo estará Kevin Johnson, actual COO, que assumirá a partir de 3 de Abril de 2017 as funções e responsabilidades de presidente e CEO, salientou a Bloomberg.