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Sotheby’s usa "poison pill" para combater investidor "activista"

A leiloeira decidiu activar uma cláusula legal que lhe permite inviabilizar uma tomada de controlo da empresa, limitando que as participações dos investidores no capital da empresa superem os 10%.

Bloomberg
04 de Outubro de 2013 às 17:09
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O conselho de administração da Sotheby’s aprovou uma cláusula denominada por plano de direitos accionistas, que limita o número de acções que um investidor pode adquirir, a um custo razoável, a 10% do capital. Um tipo de disposição que é tomada com recurso a uma cláusula inscrita nos estatutos da empresa, quando alguém tenta tomar o seu controlo.

 

A leiloeira anunciou a decisão depois do investidor activista ter dirigido uma carta aberta ao presidente executivo e administrador da Sotheby’s, William Ruprecht, em que critica a sua competência e apela a que abandone as funções que desempenha.

 

Daniel Loeb é presidente do fundo de cobertura de risco (“hedge fund”) Third Point e pertence a uma categoria de investidores conhecida como “activista”. Esta designação deve-se à natureza disruptiva das propostas que apresentam para as empresas em que detêm participações.

 

Neste caso, a solução identificada pelo investidor passa por pedir a demissão do líder da Sotheby’s. Na carta em que anuncia ter reforçado a sua participação na leiloeira para 9,57% do seu capital, Loeb critica o gestor pela sua competência, visão estratégica e remuneração.

 

“A Sotheby’s é como o quadro de uma velha obra prima com desesperada necessidade de ser restaurado”, lê-se diz Loeb a Ruprecht. “O senhor não demonstrou a inovação ou inspiração de que a empresa tanto necessita para ter uma atitude ofensiva” face à concorrência, conclui Loeb.

 

A empresa com sede em Nova Iorque respondeu com a activação das cláusula conhecida como “poison pill” (“pílula venenosa”), mas também com base no desempenho da acções, nos últimos anos. As “poison pills” justificam o seu nome por consistirem em regras inscritas nos estatutos das empresas, que permitem frustrar tomadas de controlo de empresas, sem o consentimento da gestão.

 

A leiloeira respondeu a Loeb que o seu desempenho em bolsa supera do índice Standard & Poor’s de empresas de média capitalização nos períodos de um, cinco e 10 anos. “Em vez de debatermos comentários incendiários e sem fundamento, estamos focados em servir as necessidades dos nossos clientes durante a época crítica de leilões de Outono”, comentou a empresa, citada pela Forbes. 

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