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Sonaecom divulga documento a “desmontar” defesa da PT

A Sonaecom divulgou hoje um documento de resposta à defesa da oferta pública de aquisição (OPA) realizada pela Portugal Telecom (PT), onde "desmonta" um por um os argumentos que a PT tem utilizado para se defender da OPA lançada pela empresa nortenha.

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A Sonaecom divulgou hoje um documento de resposta à defesa da oferta pública de aquisição (OPA) realizada pela Portugal Telecom (PT), onde "desmonta" um por um os argumentos que a PT tem utilizado para se defender da OPA lançada pela empresa nortenha.

Tal como o Jornal de Negócios noticiou na segunda-feira, a Sonae pede aos accionistas para não serem "enganados pelas análises selectivas" da operadora.

A Sonaecom começa o seu "contra-ataque" pelos exemplos utilizados pelo grupo PT ao nível do valor da oferta, face ao EBITDA. A PT considera que as OPA nas telecomunicações têm oferecido 7,5 vezes o EBITDA da visada, enquanto que a Sonae, pelas contas da PT, oferece 6,3 vezes.

"Os precedentes escolhidos pela PT dizem respeito a operadoras móveis como a Wind e a Amena, ou como uma de cabo, a Auna", refere a Sonae, lembrando que na PT "apenas 24% das receitas são do negócio móvel e 10% do cabo", contra os 59% de receitas da Wind e os 100% da Mobile.

De facto, diz a Sonae, a sua oferta não só representa 8 vezes o EBITDA da PT – até porque "a PT utilizou dados antigos do ano fiscal de 2005 para ajustar o EBITDA" – como não compara a OPA da Sonae com "as únicas verdadeiras comparações que podem ser feitas", ou seja, com a Cesky Telecom (6,4 vezes) e a TDC (6,4 vezes).

Depois o ataque vira-se para outros números. A PT refere na sua defesa que o seu EBITDA ficará estável em 2006, passando a Sonae a citar as contas de Setembro da PT onde é referido "que o EBITDA caiu 2,6% até Setembro, depois de ajustado à provisão" da Angola Telecom.

Sobre a Vivo, a Sonae salienta que a PT anda a "vender" que o EBITDA desta operação "está a crescer lentamente" enquanto que, de facto, o EBITDA da Vivo "em moeda local caiu 24,7% de Setembro de 2005 a Setembro de 2006".

A Sonae ainda ironiza com o plano estratégico da PT "de encontrar oportunidades de criação de valor nos seus mercados naturais", sublinhando que "a última vez que a PT considerou ter visto ‘uma oportunidade de criar valor’ foi na Vivo".

Em relação aos custos com a redução de pessoal ("curtailment"), a Sonaecom diz que a PT assume que estes "terminam em 2008", sublinhando que "74% dos analistas que fazem projecções para estes custos na PT esperam que estes continuem a existir por muito tempo".

A Sonae alerta também que a PT irá assumir uma dívida de 1,9 mil milhões de euros caso o plano de remuneração accionista avance.

Para finalizar o documento, a Sonaecom salienta que a promessa de remuneração de "4,8 euros por acção" da PT, é de apenas 4,3 euros, já que "o dividendo de 0,475 euros já foi pago e o de 0,9 euros será entregue ao longo de dois anos", sublinhando ainda que actualmente o valor da PTM está "sobreavaliado".

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