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Sonae Sierra regista perdas de 87,5 milhões no primeiro trimestre

A Sonae Sierra registou um prejuízo de 87,5 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, contra lucros de 21,8 milhões no período homólogo de 2008, anunciou a empresa em comunicado à CMVM.

11 de Maio de 2009 às 18:39
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A Sonae Sierra registou um prejuízo de 87,5 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, contra lucros de 21,8 milhões no período homólogo de 2008, anunciou a empresa em comunicado à CMVM.

Esta variação deve-se essencialmente aos resultados líquidos indirectos, “que foram afectados negativamente pelos aumentos sucessivos das taxas de capitalização de mercado na Europa”, salienta o documento.

“A empresa, ao longo dos últimos anos, tem vindo a avaliar as suas propriedades por avaliador independente com frequência bi-anual (Junho e Dezembro). A partir de Setembro de 2008 a Sonae Sierra passou a avaliar trimestralmente os seus activos na sequência do compromisso assumido com os investidores do Sierra Portugal Fund. Os resultados agora publicados relativos ao primeiro trimestre de 2009 reflectem o efeito da avaliação dos activos”, refere a empresa liderada por Álvaro Portela.

Nos três meses em análise, o resultado directo da Sonae Sierra atingiu os 17,5 milhões de euros, valor que compara com 15,6 milhões registados no período homólogo de 2008.

Os proveitos operacionais dos centros comerciais são semelhantes aos do primeiro trimestre de 2008. As perdas nos serviços de desenvolvimento foram compensadas pelos efeitos favoráveis das inaugurações de 2008: Freccia Rossa, Plaza Mayor Shopping, Gli Orsi e Pantheon Plaza.

A margem operacional líquida da empresa ascendeu a 44,091 milhões de euros no primeiro trimestre de 2009, contra 44,398 milhões no período homólogo do ano anterior.

O grande impacto nos resultados da empresa deu-se ao nível dos resultados indirectos, salienta o comunicado. Nesta rubrica, a empresa registou uma perda de 105,1 milhões de euros no final do primeiro trimestre de 2009, quando tinha apresentado um ganho de 6 milhões de euros no mesmo período de 2008.

“O valor de mercado das propriedades de investimento tem vindo a ser afectado pelo clima negativo que se vive actualmente nos mercados imobiliários da generalidade dos países desenvolvidos onde a empresa opera. Esse contexto implicou um ajustamento em alta das taxas de capitalização (yields) aplicadas nas avaliações efectuadas nos activos imobiliários situados nesses países, aumento esse que equivale a uma redução de valor dos correspondentes activos”, sublinha a Sonae Sierra.

Contudo, estas perdas registadas no valor criado nas propriedades foram atenuadas por ganhos de valorização dos activos imobiliários no Brasil, mercado que não foi afectado pela crise e onde as “yields” se mantêm estáveis, adianta o documento.

“Em termos de variação das taxas de capitalização no ‘portfolio’, estes valores correspondem a um aumento da taxa média de 17 pontos base em Portugal, 17 pontos base em Espanha, 21 pontos base em Itália e 50 pontos base na Roménia”.

As propriedades em Espanha e em Itália também foram afectadas por impactos operacionais negativos, enquanto as propriedades em Portugal viram alguma evolução positiva em termos operacionais, realça a empresa do grupo Sonae na divulgação dos resultados trimestrais.

A empresa refere ainda que assumiu no primeiro trimestre de 2009 a gestão de dois centros comerciais detidos por terceiros em Espanha e na Alemanha - o “Los Conquistadores” em Badajoz e o “Post Galerie” em Karlsruhe - ampliando assim a sua carteira internacional sob gestão.

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