"A Sonae confirma, na sequência das informações já oportunamente reveladas ao mercado, que acordou com a Condis pôr termo ao acordo de parceria celebrado em 2011 com vista à exploração da actividade de retalho em Angola", pode ler-se num comunicado da empresa divulgado esta terça-feira, 29 de Setembro, à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.

No mesmo comunicado, a Sonae SGPS refere ainda que este acordo não tem "qualquer impacto na situação financeira ou patrimonial" da empresa.

Chega assim ao fim a parceria da Sonae com Isabel dos Santos para a área do retalho, tal como o Negócios noticiou no passado domingo. Isabel dos Santos optou por se separar da Sonae e lançar sozinha o projecto de construção e gestão de uma rede de hipermercados em Angola. Para tal, criou uma empresa, a Contidis, cuja estratégia foi apresentada ontem em Luanda.

Na segunda-feira, fonte oficial da Sonae confirmou à Lusa o fim da parceria com a empresária angolana: "Na sequência das informações anteriormente prestadas, a participação da Sonae e as consequentes responsabilidades assumidas por esta, no âmbito do projecto de investimento no retalho alimentar em Angola, foram adquiridas pelo grupo da engenheira Isabel dos Santos".

A Sonae não adiantou, porém, as razões e o montante pelo qual vendeu a sua participação na Condis.

O distanciamento entre Isabel dos Santos e Paulo Azevedo era cada vez mais notório, tendo-se materializado no facto de a empresária angolana ter contratado, em Fevereiro deste ano, dois quadros de topo da área do retalho da Sonae, João Paulo Seara e Miguel Osório. João Paulo Seara era mesmo o director executivo da Sonae responsável pelo projecto em Angola. Em Março deste ano, Paulo Azevedo dizia estar à espera de explicações de Isabel dos Santos sobre a parceria em Angola. Agora, o rompimento entre as duas partes é oficial.