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Somague nega ter inflacionado os lucros em 1999

A Somague negou hoje ao Canal de Negócios ter inflacionado os seus lucros de 1999 em 3,7 milhões de euros (742 mil contos), acrescentando que tem mantido os critérios contabilísticos consistentes ao longo dos anos, publicados nos relatórios de contas.

03 de Agosto de 2000 às 15:46
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A Somague negou hoje ao Canal de Negócios ter inflacionado os seus lucros de 1999 em 3,7 milhões de euros (742 mil contos), acrescentando que tem mantido os critérios contabilísticos consistentes ao longo dos anos, publicados nos relatórios de contas.

O «Diário Económico», citando o relatório de contas da construtora liderada por Diogo Vaz Guedes, noticiou hoje que a Somague inflacionou os seus resultados líquidos em 3,7 milhões de euros (742 mil contos) no exercício de 1999, o que permitiu que a construtora apresentasse no final do mesmo ano lucros de 3,07 milhões de euros (616,7 mil contos) ao invés dum prejuízo de, pelo menos 625 mil euros (125,3 mil contos).

«A Somague refuta que tenha inflacionado os resultados (de 1999). A Somague tem mantido os critérios contabilísticos consistentes ao longo dos anos e a informação sempre esteve publicada nos relatório de contas», explicou ao Canal de Negócios Luís Silva Santos, administrador financeiro da Somague.

Um dos pontos em que os Revisores Oficiais de Contas (ROC) da Somague mostraram reservas foi no facto da empresa não ter anulado uma mais valia obtida na alienação de uma participação financeira numa empresa participada na operação de consolidação dos resultados.

A Somague Ambiente vendeu 70% da AGS/Macau, empresa que explora a incineradora e duas estações de tratamento de águas residuais em Macau, à Cesl-Ásia, empresa detida a 51% pela Somague Ambiente e a 49% por Neto de Almeida, numa operação que resultou numa mais valia superior a 3 milhões de euros (600 mil contos).

«Nós só registámos a parte da mais valia que correpondia à nossa parte da empresa e não do total», explicou aquele executivo.

No relatório de contas lê-se que «não foi anulada na sua totalidade uma mais valia obtida na alienação de uma participação financeira numa empresa participada incluída na consolidação. Entendemos que teria sido mais apropriado a anulação integral desta mais valia».

«Quando os ROC dizem que “entendemos que teria sido mais apropriado a anulação integral”, não significa que haja um erro, nem que seja nossa intenção esconder factos», adiantou Luís Santos.

Em relação a trabalhos executados em dívida, a mesma fonte avança que «dos 18,7 milhões de euros (3,75 milhões de contos) não facturados no final de 1998, no final do ano seguinte Somague só não havia recuperado cerca de 4,49 milhões de euros (900 mil contos), o que mostra o esforço que a Somague fez para regularizar essas situações».

As acções da Somague caíam 2,64% para os 4,05 euros (820 escudos), às 15h45.

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