O maior produtor vitivinícola português, Sogrape, estima obter um crescimento do volume de negócios de 2%, em 2010, sendo que no ano passado foi de 185 milhões de euros. A previsão é feita pelo presidente do grupo, Salvador Guedes, que estima ainda que os vinhos provenientes do novo Mundo, (Chile, Argentina e Nova Zelândia), venham a ganhar maior peso dentro do negócio da empresa, representando 20% total de facturação (em 2009, era 18%).

Quanto a novas apostas no mercado internacional, Salvador Guedes afirmou ao Negócios que nos “próximos dois anos não são expectáveis grandes movimentos de aquisição no mercado”. A prioridade do grupo é estabilizar as apostas feitas, recentemente, no Chile e na Nova Zelândia.

Aliás, hoje, foram apresentados, no Porto, sete vinhos do “mundo Framingham”, oriundos da Nova Zelândia, que há dois anos foram adquiridos à Pernod Ricard. Estes vinhos têm uma presença residual no mercado nacional, apenas três são comercializados no nosso país, destinando-se a nichos de mercado. “É difícil entrarem no mercado português, porque somos muito conservadores e preferimos vinhos nacionais”, concluiu Salvador Guedes.

Os principais mercados de destino dos vinhos Framingham são a Austrália e os Estados Unidos da América.

Quanto à estratégia da Sogrape, segundo o seu presidente passa por “aproximar-se do consumidor final, com a implementação de redes próprias de distribuição”.