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Sindicatos cortam 10% da energia eléctrica em França

Os sindicatos franceses cortaram 10% da energia eléctrica do país em protesto contra a intenção do Governo de privatizar parte do capital da Electricité de France (EdF). As exportações também foram suspensas.

15 de Junho de 2004 às 11:46
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Os sindicatos franceses cortaram 10% da energia eléctrica do país em protesto contra a intenção do Governo de privatizar parte do capital da Electricité de France (EdF). As exportações também foram suspensas.

Quatro dos cinco principais sindicatos franceses apelaram aos 110 mil trabalhadores do sector eléctrico para aderirem ao protesto fazendo greve e cortando a energia eléctrica.

Cerca de 10 mil megawatts de energia, equivalentes a 10% da capacidade instalada total do país, foram cortados. A EDF é o principal exportador de energia eléctrica da Europa.

A EdF precisa de 15 a 20 mil milhões de euros para competir, quando o mercado de electricidade francês estiver completamente liberalizado, disse o presidente executivo da empresa, François Rousssely, citado pela Bloomberg.

Actualmente, 37% do mercado empresarial de electricidade francês está liberalizado. Até pelo menos 2007, a EDF manterá o monopólio no segmento residencial.

Os trabalhadores receiam que a privatização do capital da empresa ponha em causa o estatuto especial de que gozam: trabalham menos horas, têm contribuições para a Segurança Social mais baixas e podem-se reformar mais cedo.

Os funcionários da EDF reformam-se aos 55,6 anos, mais tarde que os do metro de Paris, que atingem a idade da reforma aos 53,5 anos, mas mais cedo que os trabalhadores do sector privado que, em média, só vão para a reforma aos 61,2 anos.

A data para a Oferta Pública Inicial da EDF ainda não foi marcada. O Ministro da Indústria francês diz que ainda pode demorar um ano para alterar o estatuto da empresa, vender as acções e encontrar parceiros.

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