A Sema Group, a segunda maior empresa europeia em informação tecnológica, pretende adquir a LHS Group, empresa de soluções para telecomunicações, por 4,7 mil milhões de dólares (4,8 mil milhões de euros ou 962 mil contos) em acções. O objectivo é a criação de um líder mundial no desenvolvimento de software para comunicações móveis.

A Sema ofereceu 2,6 acções por cada acção da LHS, valorizando assim as acções da LHS em 69,7 dólares cada (71,9 euros ou 14.414,7 escudos), o que corresponde a um prémio de 76% face à cotação de fecho de ontem no Nasdaq. Com esta aquisição, os accionistas da LHS ficam com 27% da nova companhia.

A Sema pretende com esta aquisição contribuir para o aumento das suas vendas de software e serviços para empresas de telemóveis. A LHS adicionaria à lista de clientes da Sema, que já inclui a Telecom Italia Mobile, Vodafone AirTouch e a Vivendi, clientes como a Bell Atlantic, a Globalstar Telecomunications e a Nextel Comunications, preenchendo assim, as lacunas existentes nos mercados Asiático e Americano.

Esta aquisição elevará os ganhos por acção (EPS) da Sema, excluindo a amortização do «goodwill», em 10%, até ao fecho do ano fiscal, em Setembro de 2001.

No entanto, os analistas consideram que a Sema está a pagar uma quantia muito elevada, por uma empresa que vende, na sua maioria, a pequenas e médias empresas, o que fez com que as acções da Sema atingissem ao valor mais baixo desde 1998.

Às 16h, a Sema cotava nos 23,35 euros (4.682,5 escudos) a perder 15,57%, enquanto que a LHS cotava nos 53,5 dólares (55,2 euros ou 11.066 escudos), a valorizar 35,02%.