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Sede pelos Stanley Cups faz transbordar plataforma de reutilizados

A pesquisa pelas garrafas térmicas aumentou 40% na rede Wallapop só no mês de fevereiro. As redes sociais tornaram viral, a poucos meses antes do Natal, um produto com mais de 100 anos de história.

D.R.
24 de Fevereiro de 2024 às 19:00
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Inicialmente tinham sido pensados para os trabalhadores da construção civil, para os pescadores e caçadores, devido ao "isolamento térmico e resistência" da composição da garrafa que suporta até as condições "menos favoráveis". E a verdade é que os Stanley Cups são centenários – a marca que promete manter a temperatura das bebidas por horas a fio já existe há 111 anos.

 

Em 1913, o engenheiro elétrico William Stanley Junior substituiu o revestimento a vidro da grande parte das garrafas usadas até então pelo aço inoxidável "inquebrável", que passou pelas mãos até dos militares da Segunda Guerra Mundial. Daí surgiu também o nome da empresa: Stanley 1913.

 

Mas as vendas dos copos com capacidade para 1,18 litros de bebida foram diminuindo ao longo do século e a marca sabia que precisava de se reinventar. Em 2020, a Stanley 1913 contratou o antigo diretor de marketing das famosas Crocs, Terence Reilly, que tinha voltado a colocar nos tops de vendas a marca de calçado. A esperança era de que o mesmo acontecesse com as garrafas térmicas que prometem durar uma vida.

 

O responsável pelo sucesso da marca a ele se deve, segundo analistas norte-americanos: melhoraram e adaptaram o produto ao público feminino, que nos últimos meses o colocou num dos assuntos mais falados nas redes sociais. O destaque fez com que as vendas extravasassem para fora dos EUA.

 

A sede pelo produto, que custa à volta de 50 euros, chegou às plataformas de reutilizados: no Wallapop, a procura pelo termo cresceu 40% só em fevereiro deste ano, revelou a empresa em comunicado, adiantando que "o aumento das pesquisas indica que os utilizadores continuam a procurar uma opção a um preço reduzido para satisfazerem o desejo desta tendência".

 

"Não é a primeira vez que um objeto se torna viral através das redes sociais, aumentando as suas vendas e, por vezes, esgotando nas lojas oficiais. As plataformas de produtos reutilizados permitem aceder a estes produtos virais de forma mais económica, fácil e sustentável, permitindo até, muitas vezes, adquirir produtos que não estão acessíveis para venda em determinadas localizações", refere a empresa, citada pela CNBC, acrescentando que a venda em segunda mão é uma oportunidade para dar uma nova vida a um investimento parado.

 

Os Stanley Cups ainda não estão disponíveis para entrega em Portugal, mas podem ser encontrados nesta plataforma, garantem.

 

A Wallapop é uma empresa catalã fundada em 2013 que vende produtos reutilizados, com o objetivo de criar um consumo mais "consciente e humano". Presente em Espanha, Itália e Portugal, o negócio em segunda mão conecta 17 milhões de utilizadores na rede todos os meses, que por sua vez criam cerca de 100 milhões de anúncios anualmente.

Copo cheio: vendas podem ter chegado aos 750 milhões de dólares

 

A afirmação "não pode quebrar!", de um dos primeiros slogans da marca, foi posta à prova quando, em 2023, uma utilizadora do TikTok filmou o seu carro depois de este ter incendiado. Lá dentro, o copo da Stanley estava intacto e ainda se ouvia o gelo no interior.

 

A aparente durabilidade deu extrema popularidade aos Stanley Cups: em entrevista à revista Bon Appétit, Jenn Reeves - vice-presidente de marketing da empresa - sublinhou que o crescimento tem sido de 275% ao ano, com um salto gigante nas receitas: de 73 milhões  de dólares em 2019 para 402 milhões em 2022.

 

Para 2023, as estimativas apontam para um recorde na faturação, já que o valor das vendas deverá rondar os 750 milhões de dólares.

 
(Texto editado por Carla Pedro)

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