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Sarkozy admite que esperanças de encontrar sobreviventes são "muito remotas"

O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou hoje que são "muito remotas" as esperanças de serem encontrados sobreviventes do voo da Air France desaparecido sobre o Atlântico, quando fazia a ligação Rio de Janeiro-Paris.

01 de Junho de 2009 às 18:26
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O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou hoje que são "muito remotas" as esperanças de serem encontrados sobreviventes do voo da Air France desaparecido sobre o Atlântico, quando fazia a ligação Rio de Janeiro-Paris.

"Disse-lhes a verdade. Que são muito remotas as esperanças de encontrar sobreviventes", afirmou Sarkozy após uma visita à "célula de crise" instalada pela Air France no aeroporto internacional Charles-de-Gaulle, Paris-Roissy, onde contactou com familiares de passageiros.

Sarkozy destacou os casos de "uma mãe que perdeu o seu filho, uma noiva que perdeu o seu futuro marido".

O presidente francês adiantou ainda que será "muito difícil" encontrar o avião porque a zona de buscas é "imensa".

Por essa razão, adiantou, a França já pediu ajuda aos Estados Unidos, que deverão disponibilizar os seus satélites para as operações de busca.

Sarkozy chegou ao aeroporto parisiense cerca das 16:00 locais (17:00 de Lisboa), onde se juntou aos ministros da Ecologia e Energia, Jean-Louis Borloo, dos Negócios Estrangeiros, Bernard Kouchner e o secretário de Estado dos Transportes, Dominique Bussereau.

A maioria dos passageiros que figuram na lista de embarque do voo AF447 é de origem brasileira, 40 são franceses e 20 alemães, segundo o Governo francês.

De acordo com a Air France, entre as 228 pessoas a bordo do A330 desdaparecido - 216 passageiros e 12 tripulantes - seguiam 126 homens, 82 mulheres, sete crianças e um bebé.

Entretanto, um porta-voz da Michelin confirmou que entre os passageiros estavam o presidente da empresa para a América Latina e outros dois responsáveis regionais. No aeroporto, os familiares e amigos dos passageiros estão isolados da imprensa por um cordão policial.

Nos altifalantes, é repetida a intervalos regulares uma mensagem em português, inglês e francês: "as pessoas que esperam os passageiros do voo AF447 devem apresentar-se no balcão de chegadas do terminal 2E".

O painel de chegadas indica o voo AF447 como "atrasado".

O brasileiro Luís Carlos Machado, natural de Santa Catarina, esteve uma semana a acompanhar um grupo coral infantil de uma instituição de solidariedade em Milão, Itália, e regressa hoje ao Brasil no voo Paris-Rio de Janeiro da Air France que deverá deixar a capital francesa cerca das 23:30.

Este polícia federal afirmou à Lusa ter sido hoje contactado a partir do Brasil por familiares de uma jovem que era passageira do voo AF447 para saber se estaria tudo bem com ele.

A jovem tinha saido de Florianopolis no sábado para apanhar o avião para a França. Seguiria posteriormente para Itália, onde iria fazer um curso durante seis meses.

Luís Carlos Machado mostrou-se angustiado pelo que aconteceu ao avião onde viajava a sua conhecida, mas também por ter que fazer a viagem de regresso ainda hoje.

"Não sei como vou fazer viagem, dúvido que alguém consiga fazer a viagem em descanso", disse.


Milene Rodrigues, 59 anos, empregada bancária, natural de Campinas, São Paulo. Esteve de férias durante um mês em França e só soube do acidente pelos jornalistas hoje quando chegou ao aeroporto.

Vai viajar hoje à noite para o Brasil num voo da TAM e mostrou-se "tranquila". Partindo do princípio que o avião desaparecido foi atingido por um raio, Milene Rodrigues afirmou não ter medo de voar porque "um raio não cai duas vezes no mesmo lugar".

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