Notícia
Despedimento coletivo é "irreversível". Saint-Gobain espera integração de 20 pessoas em empresas locais
A Saint-Gobain Sekurit frisa a “irreversibilidade” do despedimento coletivo que afetará 130 trabalhadores. A empresa indica que as negociações continuam e que, no âmbito das conversas com empresas de Santa Iria da Azóia, espera a colocação de 20 trabalhadores.
A Saint-Gobain Sekurit continua a negociar com os trabalhadores no âmbito do processo de despedimento coletivo, resultante do encerramento da fábrica em Santa Iria da Azóia. Em comunicado, a empresa refere que as negociações vão prosseguir nos próximos dias 24, sexta-feira, e 28, terça-feira.
Este acordo sobre datas para reuniões resulta do terceiro encontro com os trabalhadores, que decorreu esta terça-feira, 21, nas instalações da empresa. A fabricante de vidro automóvel volta a reiterar a "irreversibilidade da decisão de encerramento da atividade produtiva" nesta reunião.
A Saint-Gobain Sekurit refere na mesma nota que transmitiu também aos representantes dos trabalhadores um ponto de situação sobre os "contactos já realizados com empresas da zona de Santa Iria de Azóia, sendo que é possível expectar neste momento a colocação de duas dezenas de trabalhadores." Estas duas dezenas vão além "dos seis que é possível manter no armazém a instalar em Palmela".
"Esta questão das recolocações é uma das razões por que a empresa pretende avançar rapidamente com o processo negocial, pois as oportunidades de recolocação são sempre muito efémeras e se o processo se alongar podem perder-se", continua a empresa.
A Saint-Gobain Sekurit anunciou a 24 de agosto o encerramento da fábrica de Santa Iria da Azóia, em Loures, apontando os problemas da empresa em Portugal, que já duram há "mais de uma década". Segundo a companhia, a pandemia de covid-19 "agravou uma situação já de si frágil". A empresa emprega cerca de 800 pessoas em Portugal, distribuídos por 11 empresas e oito fábricas.