A companhia aérea belga Sabena entregou junto dos tribunais um pedido de protecção contra os seus credores, tendo recebido um empréstimo do Governo belga com o objectivo de «criar uma nova empresa».

A Sabena é controlada em 51,5% pelo Estado belga, com os restantes 49,5% a serem detidos pela suíça Swissair, que esta semana congelou um pacote inicial de 132 milhões de euros (26,46 milhões de contos), destinado à recuperação da sua congénere belga.

O primeiro-ministro belga, Guy Verhofstadt, referiu hoje que a Sabena vai receber um financiamento válido por um mês por parte do Estado belga, destinado a «criar uma nova empresa».

A companhia aérea decidiu, após acordo com os seus funcionários, reduzir a sua força de trabalho em cerca de 1.500 pessoas, o equivalente a 13% do total.

O secretário-geral da Sabena, Patrick du Bois, disse hoje em entrevista à estação televisiva RTL que a empresa vai dar prioridade aos voos no espaço europeu, tendo admitido ainda a hipótese de serem realizadas novas reduções de pessoal.

A Swissair, que já teve uma parceria entretanto desfeita com a TAP-Air Portugal, suspendeu desde ontem todos os seus voos, por não ter disponíveis as verbas necessárias para comprar combustíveis.

A Sabena faz parte do grupo Qualiflyer, que também é integrado pela TAP-Air Portugal.