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Incerteza política nos EUA leva ouro a máximos históricos

O ouro atingiu os 2.685,74 dólares por onça esta manhã, cêntimos acima de máximos históricos registados no final de setembro. Incerteza política nas próximas eleições dos EUA está a dar ímpeto ao metal precioso.

Tal como as ações, as obrigações e o dólar, também o ouro será condicionado pelo discurso de Jerome Powell em Jackson Hole.
Leonhard Foeger/Reuters
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Depois de ter andado semanas a rondar máximos históricos, o ouro conseguiu finalmente ultrapassar a marca dos 2.685,42 dólares por onça atingida a 26 de setembro, à boleia da incerteza política que paira sobre as eleições norte-americanas.

O metal precioso chegou a valorizar, esta manhã, 0,5% para 2.685,74 dólares, alguns cêntimos acima dos máximos históricos atingidos há cerca de um mês. As sondagens para a eleição de 5 de novembro estão cada vez mais renhidas, com Donald Trump a conseguir alguma vantagem em estados chave para conquistar a Casa Branca.

A menos de três semanas das eleições, os "traders" encontram-se a reorganizar as suas carteiras de investimento e parecem estar a favorecer o metal amarelo como um ativo-refúgio. Com ambos os candidatos a representarem diferentes riscos para a economia norte-americana, é provável que o ouro continue a beneficiar desta incerteza política nos próximos dias.

Os investidores estão agora de olhos postos numa série de dados económicos que vão ser conhecidos esta semana e que podem vir a reforçar – ou não – um ciclo de alívio da política monetária mais prudente por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana. O mercado já tem, praticamente, incorporado um corte de 25 pontos base nas taxas de juro em novembro e resta saber se a autoridade monetária vai avançar com outro alívio quando reunir em dezembro.

O ouro tende a beneficiar de uma política monetária mais flexível, uma vez que não rende juros. Só este ano, este metal precioso já cresceu quase 30% e regista mesmo um dos melhores desempenhos na categoria de "commodities", à boleia de uma corrida ao ouro por parte de vários bancos centrais, em especial o chinês (que, entretanto, reduziu a compra deste metal precioso), e do início de um ciclo de alívio das taxas de juro norte-americanas. Além disso, a incerteza geopolítica, com o escalar das tensões no Médio Oriente e a guerra na Ucrânia, está a dar ímpeto aos preços do ouro.

Com o metal amarelo a encontrar um novo catalisador nas eleições norte-americanas, resta saber até onde pode crescer. "Há até uma hipótese remota de vermos o ouro próximo de 3.000 dólares, e essa é uma meta para o primeiro trimestre de 2025", explica Peter A. Grant, da Zaner Metals, à Reuters. No entanto, as previsões dos delegados da London Bullion Market Association são mais contidas, ao apontarem que o metal precioso atinja os 2.917,40 dólares por onça nos próximos 12 meses.

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