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Rui Pedro Soares disponível para comentar auditoria que detecta "problemas financeiros" no Taguspark

O ex-administrador não executivo do Taguspark Rui Pedro Soares manifestou-se hoje disponível para ir à próxima assembleia geral da empresa caso o seu nome conste do relatório da auditoria financeira e de gestão que aí será discutido.

15 de Novembro de 2010 às 12:55
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"Vou enviar ainda hoje uma carta a todos os accionistas do Taguspark a manifestar a minha disponibilidade em estar presente na assembleia geral em que a referida auditoria vai ser apresentada no caso de o meu nome constar do relatório", frisa Rui Pedro Soares num comunicado enviado à agência Lusa.

As declarações de Rui Pedro Soares surgem após a Lusa ter noticiado que a auditoria ao Taguspark, nos anos 2008/2010, detectou vários problemas financeiros e de gestão do pólo tecnológico, de acordo com a entrevista do actual presidente executivo do parque, Nuno Crato, à agência noticiosa.

Rui Pedro Soares saiu do Taguspark juntamente com outros dois administradores da anterior gestão, Américo Thomati (presidente executivo) e João Carlos Silva, após terem sido constituídos arguidos pelo Ministério Público (MP) por corrupção passiva para ato ilícito, no processo judicial que investigou o contrato publicitário entre Luís Figo e o Taguspark.

Este processo surgiu com base em escutas telefónicas do processo Face Oculta, em que Rui Pedro Soares não é arguido.

O ex-administrador não executivo do Taguspark sublinhou que é "inteiramente falso" ser arguido no processo Face Oculta, "no qual até já foi deduzida a acusação" sem que o seu nome dela conste.

Nuno Crato disse que a auditoria foi realizada pela BDO, empresa independente escolhida por concurso público, a mesma empresa, lembra Rui Pedro Soares no comunicado, que auditava o BPN durante a gestão de Oliveira e Costa.

"Entre Junho de 2008 e 17 de Fevereiro de 2010 (quando me demiti), fui administrador não executivo da Taguspark, função pela qual nem sequer auferi rendimentos, pois a remuneração a que tinha direito (mil e quinhentos euros por mês), foi sempre entregue na totalidade a instituições de caridade", refere no comunicado.

Rui Pedro Soares sublinha ainda que "nenhuma auditoria séria e honesta será capaz de detectar o que quer que seja de repreensível" no exercício da sua função de administrador não executivo.

A auditoria vai ser discutida na assembleia geral de accionistas do Taguspark de 29 de Novembro.

Os accionistas vão concentrar-se também na suposta tentativa de, numa primeira fase, a administração da Taguspark adquirir parte da Media Capital, detentora da TVI.

O relatório e contas de 2010 e o plano de actividades para 2011 serão também discutidos na assembleia-geral de Novembro, em que a Câmara de Oeiras é o principal accionista com 16,09 por cento das acções.

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