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Rival chinês da tecnologia GPS quer dominar o mundo
A alternativa da China ao GPS, sistema que pertence aos EUA, ampliou a sua cobertura para além da região da Ásia-Pacífico com o objectivo de se tornar uma tecnologia dominante no futuro.
O serviço, chamado Beidou, passou a estar disponível em algumas partes da Europa e África no âmbito da iniciativa chinesa "Uma Faixa, uma Rota", disse o porta-voz Ran Chengqi, em declarações aos jornalistas em Pequim. A empresa, que utiliza uma série de satélites para fornecer a localização dos utilizadores com uma margem de erro de cerca de 10 metros, planeia lançar mais 12 satélites até 2020.
"A partir de hoje, onde quer que vá, o Beidou estará consigo, em qualquer lugar, e em qualquer momento", disse Ran.
A China começou a desenvolver o seu próprio sistema de posicionamento e navegação por satélite na década de 1990 com o objectivo de depender menos do Sistema de Posicionamento Global (GPS, na sigla em inglês), desenvolvido pelos EUA. O sistema Beidou, cujo nome se refere à palavra chinesa que designa a constelação Ursa Maior, está agora na sua terceira etapa e é capaz de fornecer serviços de navegação e posicionamento em distintas regiões geográficas. O objectivo é ter cobertura mundial completa até ao final desta década.
O Beidou, que fornece serviços de navegação e posicionamento ao exército e à infraestrutura fundamental da China, está a ser cada vez mais utilizado, dos serviços de mapeamento aos carros e smartphones. A China lançou os satélites número 42 e 43 do Beidou em Novembro.
A maioria dos chips de smartphones vendidos globalmente será compatível com o Beidou, o primeiro sistema de navegação a ter recursos integrados de telecomunicações, como mensagens de texto.
O Beidou está entre uma série de projectos ambiciosos que a segunda maior economia do planeta está a empreender para melhorar a sua competitividade no sector aeroespacial.
No início deste mês, a China enviou uma sonda para o lado oculto da Lua, um lugar onde nenhuma sonda de nenhum outro país se havia aventurado. A China também está a desenvolver aeronaves de passageiros civis que poderão concorrer com modelos da Airbus e da Boeing, e as suas startups privadas estão a trabalhar para lançar foguetes e colocar satélites em órbita a um baixo custo para responder à procura por voos espaciais comerciais.