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Ricardo Salgado não vê espaço para mais concentrações na banca

O presidente do Banco Espírito Santo (BES) não vê espaço para mais concentrações no sector bancário em Portugal, acreditando que as instituições financeiras nacionais têm outros meios de concorrer com a potencial ofensiva espanhola.

10 de Outubro de 2003 às 01:06
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O presidente do Banco Espírito Santo (BES) não vê espaço para mais concentrações no sector bancário em Portugal, acreditando que as instituições financeiras nacionais têm outros meios de concorrer com a potencial ofensiva espanhola.

Na entrevista transmitida há pouco na RTP, ao programa «Grande Entrevista», Ricardo Salgado lembrou que Portugal é um dos países da Europa que assistiu a mais consolidações no sector, tanto que cerca de 80% de quota está nas mãos de cinco entidades.

Por isso, Salgado avançou que «não vejo muito mais espaço para concentrações, mas isso não significa que não aconteçam».

O BES tentou aliar-se, em 2000, ao Banco BPI, mas ainda antes da fusão houve um rompimento desta parceria, que nunca mais foi reatada.

Contudo, o presidente do BES defende que o sector bancário nacional terá outras formas de combater a concorrência espanhola. «Dimensão não é necessariamente o único meio para resistir» aos bancos espanhóis, relatou.

Para o presidente do BES, os portugueses e os empresários «têm que encarar Espanha como um factor positivo e não como um factor de desconfiança».

No programa, Salgado confessou que a Comissão Executiva do banco, viaja, de 15 em 15 dias, pelo país para ver a realidade da situação portuguesa e acredita na recuperação da economia no próximo ano.

A palavra de ordem de Ricardo Salgado continua a ser a remuneração dos capitais, lembrando que o banco comporta mais de 20 mil accionistas.

Cotação da PT vai recuperar

Um dos principais investimentos do banco é a Portugal Telecom que Salgado confia na «recuperação» dos títulos, depois da operadora de telecomunicações ter sido penalizada em sintonia com as principais congéneres na Europa.

Salgado destacou que a nova Comissão Executiva na PT deu um contributo para a recuperação do grupo e mostrou-se satisfeito com o novo plano de compra de 10% acções próprias. O banco controla 20% do capital da maior operadora de telecomunicações nacional.

Procura parceiro para seguros

Para os próximos tempos, uma das preocupações do BES será encontrar um parceiro para a Tranquilidade, reforçou Salgado.

O banco tem conversado com grupos internacionais, após ter sido afectado pelo 11 de Setembro.

Por curiosidade, Salgado referiu ser adepto do clube brasileiro de futebol Botafogo, depois de ter sido sócio do Sporting e acompanhado o Benfica na época em que Eusébio jogava. Em resultado, aconselhou a que se apoiassem os três grandes clubes de futebol nacional.

Lembrou que Durão Barroso, primeiro-ministro foi consultor do banco quando estava nos Estados Unidos e «espero que ele perdure na política, porque está a fazer um bom trabalho.

Sugere não ter tempo para desfrutar do dinheiro que aufere e assegura que «fui educado dentro do rigor».

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