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Reservas de gás na Alemanha caem para nível "preocupante"

Até agora, o Governo liderado pelo chanceler Olaf Scholz sempre tinha dito que "o abastecimento estava assegurado" na Alemanha e que não havia o risco de escassez. Mas, segundo um relatório do Ministério da Economia e do Clima, uma reserva de 40% permite apenas enfrentar sete dias de temperaturas polares.

Os preços do gás natural ainda têm um forte potencial de subida este ano. A queda dos inventários, o frio e a forte procura são grandes “triggers”.
Osman Orsal/Reuters
09 de Fevereiro de 2022 às 15:54
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As reservas de gás na Alemanha baixaram recentemente para um nível "preocupante", num contexto de tensão com a Rússia, indicou esta quarta-feira uma porta-voz do Ministério da Economia e do Clima.

"Estamos a seguir a situação dos níveis de armazenamento e é certamente preocupante", declarou a porta-voz numa conferência de imprensa, assinalando que as reservas desceram para 35-36%, quando havia 40% há pouco tempo e 82% em 2020, no mesmo período.

A questão de saber se as reservas de gás são suficientes para passar o inverno na Alemanha tem estado em destaque na imprensa há várias semanas, à medida que endurece o braço de ferro sobre a Ucrânia, envolvendo a Rússia, a Europa e os Estados Unidos.

Mais de 55% das importações alemãs são oriundas da Rússia, um número que aumentou 15 pontos desde 2012, com o presidente russo, Vladimir Putin, a usar o fornecimento à Europa como instrumento de pressão.

Até agora, o Governo liderado pelo chanceler Olaf Scholz sempre tinha dito que "o abastecimento estava assegurado" na Alemanha e que não havia o risco de escassez.

Mas, segundo um relatório do Ministério da Economia e do Clima, uma reserva de 40% permite apenas enfrentar sete dias de temperaturas polares.

"Se o conflito na Ucrânia se agravar e a Rússia cessar efetivamente o fornecimento à Alemanha, estaríamos confrontados com uma crise do gás. Em consequência, os preços continuariam a aumentar, com mais custos para os consumidores e para toda a economia", advertiu o instituto económico DIW numa nota de finais de janeiro.
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